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Especialista em investimentos avalia o balanço das empresas do primeiro trimestre 2020

Frederico Loss, assessor de investimentos da Allez Invest, destacou alguns pontos que o mercado financeiro está atento na divulgação dos resultados

A temporada da divulgação de resultados das empresas no primeiro trimestre de 2020 termina nesta semana, e os investidores estão atentos aos balanços financeiros das companhias. Um dos principais itens observados pelo mercado financeiro é de como a crise, causada pela pandemia do coronavírus, afetou as instituições. Até o final de maio, mais de 140 empresas com ações na Bolsa de Valores brasileira divulgarão seus resultados, e o sócio e assessor de investimentos da Allez Invest, Frederico Loss, apresenta alguns pontos que devem influenciar os investidores.

De início, a primeira avaliação de Loss é de que o valor das empresas está no longo prazo. “Apesar de muitas instituições apresentarem resultados negativos em um curto prazo, o ponto chave agora é observar as empresas que tenham a capacidade de passar por esse período de grande queda nos seus resultados com boas estratégias e adaptação” ressalta.

Dentre os resultados já divulgados, algumas empresas tiveram destaques positivos, como a Copel e BRF, que são ligadas a atividades essenciais de energia e alimento, além disso, empresas ligadas ao setor de e-commerce, também se destacaram, como as Lojas Americanas e a B2W. 

Por outro lado, algumas empresas foram mais afetadas, principalmente as ligadas aos setores de turismo, varejo com foco em lojas físicas, shoppings centers e até mesmo o setor de construção civil, que está relacionado ao crescimento econômico do país. “Inclusive, alguns bancos também tiveram seus resultados afetados, principalmente porque a qualidade dos ativos se deteriorou mais rápido do que o esperado e todos os segmentos de crédito tiveram aumento na inadimplência”, ressalta o assessor de investimentos.

Outra dica, de Frederico Loss para os investidores, é de que a crise do coronavírus terá efeitos perenes sobre a forma de consumir e trabalhar, por isso é importante avaliar quais empresas estão se adaptando bem ao novo cenário. Mesmo com o cenário desolador da pandemia no mundo, afetando drasticamente as economias, o sócio destaca que “instituições mais disruptivas estão enfrentando melhor esse período, estas possuem mais flexibilidade e isso faz com que se adaptem de forma mais rápida à nova realidade”.

“As perspectivas ainda não são claras, afinal, ninguém pode prever até quando irá durar essa crise e nem como as pessoas voltarão a consumir, é quase certo que o consumo pós coronavírus será diferente. Porém, observamos que muitas empresas estão se adequando a essa nova realidade, adotando medidas como o home office, reuniões por conferência, aumentando o foco no e-commerce e fazendo o uso de férias e banco de horas, situações que mostram a adaptabilidade das instituições”.

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