Empresas do futuro: como a tecnologia e a IA redefinem a competitividade
O cenário empresarial passa por uma revolução impulsionada pela tecnologia. Durante o Fórum de Competitividade do WTC Curitiba, especialistas destacaram como a inovação e a inteligência artificial já fazem parte da estratégia de negócios e como as empresas precisam se adaptar a esse novo ritmo para se manterem competitivas.
LEIA TAMBÉM: Você conhece a Zona Franca do WTC em Montevidéu?
Todo negócio hoje é um negócio digital, alertou Marcelo Bernardino, CEO da Minsait Brasil, empresa de tecnologia e consultoria da Indra, grupo espanhol que emprega 57 mil pessoas em mais de 140 países, ao falar nesta semana para executivos e empresários, em Curitiba.
“Todas as áreas são impactadas pela tecnologia – indústrias de todos os segmentos, comércio, serviços, diagnósticos em saúde, medicamentos – e cada vez mais serão impactadas pela inteligência artificial e pela infraestrutura que precisa ser criada para suportar os novos produtos e serviços digitais que as empresas cada vez mais consomem e também produzem”, disse.
O especialista esteve na capital como convidado do Fórum de Competitividade do World Trade Center (WTC) Curitiba, promovido em parceria de mídia com a plataforma de comunicação TOPVIEW Business. O encontro para convidados foi realizado no Mindhub, com mediação de Cris Alessi, consultora de inovação e transformação digital e uma das vice-presidentes do WTC Curitiba.
Foram abordados vários aspectos que devem compor a estratégia de gestão das empresas, como o uso da inteligência artificial (IA), tanto generativa, quanto os grandes agentes de IA, promessas e realidades que já estão acontecendo esse ano, como os avanços na digitalização.
“A inteligência artificial potencializa a capacidade do ser humano, para o bem e para o mal. O QI médio do brasileiro é de 83 – infelizmente temos dificuldades em relação a outros países. E já temos ferramentas de IA que chegam a um QI de 200, até 400, podendo potencializar o raciocínio médio e aumentar a produtividade das pessoas”, destacou Bernardino, executivo sênior que conta com 30 anos de experiência em Tecnologia da Informação, Consultoria e BPO.
Segundo o executivo, a tecnologia é uma ferramenta que pode ou não fazer parte do processo de inovação. Mas a inovação, em seu sentido amplo, é um processo obrigatório e envolve muito mais do que tecnologia. Diz respeito à mudança de cultura, pensamento e processo. “Muito do que vem por aí tem a ver com o perfil da sociedade, das pessoas. Não adianta falar de tecnologia, transformação e inovação se não se considerar o aspecto do ser humano, e o que ele vai fazer com isso”, observou.
Impulsionando a inovação
Referência no ecossistema de inovação de Curitiba e do Paraná, Cris Alessi foi a responsável pela implantação do Vale do Pinhão no período em que presidiu a Agência Curitiba de Desenvolvimento, de 2018 a 2023. Também atua como investidora anjo, TedX Speaker, professora, escritora e colunista.
“Neste fórum, buscamos abordar a inovação como um fator que impulsiona os negócios, pensando em tecnologia, mas também na adoção de ferramentas inovadoras para produtos, serviços, processos e como diferencial competitivo”, detalha Cris.
Segundo a especialista, empresas de todos os tipos e tamanhos precisam lançar mão da inovação para acelerar seus negócios. As aplicações também são as mais variadas, como no caso da logística. “A gente vê ótimas e excelentes aplicações de inteligência artificial em grandes empresas que têm na logística um grande problema, pela alta demanda. Com a IA, existe ganho de eficiência nas rotas, nos tempos, trajetos e locação dos centros de distribuição. A inteligência artificial faz o que ninguém conseguiria fazer, entregando rapidamente uma solução que, durante anos, essas empresas não obtiveram de outras formas”, ressalta.