PODER POLíTICA & ECONOMIA

É fake news? Como as redes sociais influenciam nas narrativas políticas (principalmente sobre Jair Bolsonaro)

"A oposição faz do Twitter e do Facebook férteis terrenos para propagar a falsa narrativa de que o início de gestão do presidente Jair Bolsonaro é o retrato do caos"

Quem se vê mergulhado apenas no ambiente das redes sociais acredita que está em curso uma severa crise na administração federal. Municiados por uma imprensa nacional por vezes militante à esquerda, a oposição faz do Twitter e do Facebook (principalmente nesses dois) férteis terrenos para propagar a falsa narrativa de que o início de gestão do presidente Jair Bolsonaro é o retrato do caos. O ambiente da bolha virtual tenta criar a ideia de que o melhor teria sido devolver o poder ao PT. Só que não. O começo do governo, neste mês e pouco, não foge ao que se esperava do eleito – pautas de costumes nos holofotes, a questão das armas e a preparação de reformas estruturais como iniciativa de fundo. Não há nada de errado com a largada do mandato, exceto o fato de o Palácio do Planalto não ter construído (ainda) uma estrutura de comunicação eficiente para se fazer entender. Falta, por exemplo, um ghostwriter para redigir os discursos do presidente. É muito desgaste por quase nada. É como vejo.

O escudo da economia

Enquanto o governo se mexe para atrair investimentos e devolver à indústria, ao comércio e ao setor de serviços um crescimento mais consistente, o agronegócio segue sendo o salvador da lavoura, com o perdão do clichê. Bolsonaro indicou a ministra Tereza Cristina, que é do ramo, e promove uma política ainda mais agressiva de avanço ao setor primário. Outro ponto positivo está no Ministério do Meio Ambiente, em que o titular, Ricardo Salles, é defensor da economia de mercado. Vai bem.

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No Paraná, da mesma maneira, não há embaraço para o desenvolvimento do agronegócio. Além de devolver a pasta da Agricultura ao secretário Norberto Ortigara, homem com prestígio junto à Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) e às cooperativas, o governador Ratinho Junior indicou o deputado Marcio Nunes para o Meio Ambiente. A ordem é não atrapalhar – e o político entendeu o recado.

Casamento

É muito afável a relação entre o governo do estado e a prefeitura de Curitiba. Ratinho Junior e Rafael Greca estão em sintonia. Nos bastidores, circula a informação de que o vice-prefeito da capital, Eduardo Pimentel Slaviero, atualmente no PSDB, poderia, inclusive, migrar para o PSD ou para o PSC, partidos cujo controle político pertence ao governador.

Preocupado

Quem observa o movimento com atenção é o deputado federal Ney Leprevost, secretário estadual da Família e da Justiça. Nesse desenho, o PSD poderia apoiar a reeleição de Greca, o que confronta os planos e os interesses de Leprevost.

Última

Ferve o ambiente interno do PT do Paraná. A repulsa ao jeito de Gleisi Hoffmann comandar o partido está no topo. Vai explodir.