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Dr. Xisto: o judiciário paranaense em uma conversa incrível!

O presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, Desembargador Dr. Xisto, fala sobre processos, tecnologia e os avanços no judiciário

Para a edição especial de Personalidades, não poderia deixar de conversar com o Desembargador
Dr. Adalberto Jorge Xisto Pereira. A trajetória de sucesso do Presidente do Tribunal de Justiça do
Paraná é marcada por muita dedicação e pela passagem por diversas cidades.

Qual avaliação você faz do tribunal nos últimos anos e quais foram as medidas adotadas pela
sua gestão?
Nosso tribunal está muito bem: entre os tribunais de grande porte, ele ocupa o 4o lugar. Os recursos que portamos aqui estão levando uma média de 60 dias para serem julgados. No mês passado, nós
implementamos o plenário virtual, de forma que esse prazo com certeza vai diminuir.

O Tribunal de Justiça do Paraná está inteiramente digitalizado?
Nenhum processo corre mais de forma física, é tudo digital. E, administrativamente, aqui no tribunal, nós também temos processos eletrônicos, então não usamos mais papel aqui no estado do Paraná. Ou seja, 100% dos processos são automatizados, tanto os judiciais quanto os administrativos.

“Nós batemos o recorde: dos tribunais de grande porte, somos o que mais conseguiu conciliações aqui no estado.”

Qual o volume atual de processos e como os métodos de solução de conflitos podem aumentar as demandas?
Temos hoje, no Paraná, cerca de 3 milhões de processos ativos. A segunda vice-presidência, que é incumbida da conciliação e dos juizados especiais, os CEJUSCs (Centros Judiciários de Solução de
Conflitos e Cidadania), tem desenvolvido um trabalho muito forte no que diz respeito aos métodos
adequados para a solução dos conflitos alternativos – e isso tem funcionado muito bem. Nós batemos o recorde: dos tribunais de grande porte, somos o que mais conseguiu conciliações aqui
no estado.

Quais são os principais desafios do judiciário paranaense?
A administração pública como um todo está sofrendo com a redução da receita. No que diz respeito aos servidores, nós temos dificuldades em repor aqueles que se aposentam, então esse é o nosso desafio. Nós introduzimos o projeto PIAA (Projeto de Inteligência Artificial e Automação), pois precisamos investir muito na automação para diminuir a necessidade de servidores nas unidades judiciárias, além de estruturar melhor o gabinete do juiz, para que os processos tenham andamento mais aprimorado. O Dr. Marcos Caires Luz, juiz de Londrina, gosta muito de informática e desen-
volveu vários sistemas para auxiliar o dia a dia no trabalho. Ele está aqui em Curitiba nos ajudando com isso.

*Matéria originalmente publicada na edição 230 da revista TOPVIEW.

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