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Descobrindo Rosângela Moro

A carreira agitada da advogada em conciliação com o tempo em família

Chegamos à última edição deste ano, uma publicação especial voltada à família e à diversidade. Rosângela Moro é um daqueles exemplos de pessoa que consegue conciliar a vida em família com uma carreira (agitada) de muito sucesso. A advogada, que entrou na faculdade muito nova e se apaixonou pelo direito público, me concedeu uma entrevista super prazerosa. Confira!

Sandra Comodaro entrevista Rosângela Moro

Quando você passou a atuar de forma mais focada no terceiro setor?

No ano de 2009, fui apresentada para à Federação das APAES e, por assessorar as fi liadas aqui no Paraná, eu aprendi na raça tudo o que se refere ao terceiro setor. Tenho uma gratidão imensa pelas APAES, devo a elas tudo o que aprendi. O terceiro setor cres
ceu muito no Brasil. Há milhares de entidades que buscam, em parceria com o Poder Público, promover quaisquer atividades de interesse social.

Você também passou a atuar em casos envolvendo o tratamento de portadores de doenças raras, não é mesmo?

Participei de inúmeras audiências públicas, fóruns e conferências sobre o debate de políticas públicas para doenças raras. Então, eu resolvi colocar tudo em um livro, apresentando um histórico do que temos e tudo o que essas pessoas precisam. Coloquei também exemplos de como outros países lidam com essa situação. A previsão de lançamento é para o início de março.

Qual é o segredo para um casamento tão bem-sucedido e para conciliar a vida pessoal e profissional? Conselhos?

Não sei dar. Posso, no máximo, compartilhar a minha receita. Para mim, o segredo de tudo é pensar como um time. Casamento para mim é um time: um ganha, o outro ganha. Jogamos juntos em busca de uma mesma finalidade.

Correria?

Nem me fale, eu pego um voo para Brasília como alguém pega um Uber para o shopping. Mas eu sei que tenho limites, todos nós temos, então saber estabelecer as prioridades e saber dizer não é preciso.

Como você vê o Brasil do futuro para seus filhos?

Temos que ter esperança. Nossa democracia está em construção, temos problemas sérios e graves. Mas temos, também, uma sociedade que é empreendedora. A juventude é incrível. Sou mãe de adolescentes e vejo os amigos dos meus filhos debatendo política, o que, na minha época, era uma exceção. Eu acredito nas novas gerações. 

*Coluna originalmente publicada na edição 231 da revista TOPVIEW.

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