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Denise Leal: “A moda é volátil. A elegância permanece”

Cíntia Malaquias conversa com Denise Leal que, após mais de duas décadas vestindo as curitibanas, ainda se emociona ao ver mulheres usando suas criações

Não podemos negar que Curitiba é uma cidade tradicional e, por isso, quando pensei em moda – tema desta edição –, busquei fazer um bate-papo com alguém que tivesse raízes nesse mercado: Denise Leal

Há mais de 25 anos, Denise é a queridinha de muitas das elegantes mulheres da nossa ou de outras cidades. Confira a seguir a minha conversa com ela.

Cintia: Ao longo de sua carreira, de que forma o mundo da moda mudou, principalmente em Curitiba?
Denise Leal: Claro que a moda é bem volátil. A elegância, não – a elegância sempre permanece. Só que a curitibana é muito elegante e acompanha a moda. As minhas clientes são muito antenadas, ainda mais agora, que nós temos essa facilidade de internet, Instagram, Facebook. 

A estilista Denise Leal.

O que acontece em Nova York nós ficamos sabendo em tempo real. Não podemos nos esquecer das grandes grifes que estão situadas na nossa cidade, como Louis Vuitton, Valentino. Isso também agrega valores à mulher curitibana, que não mais precisa viajar para ter esses produtos.

Leia a entrevista de Cintia Malaquias com Wanderley Nunes

Como você define o gosto de moda da curitibana?
Baseada nas minhas clientes, diria que são clássicas, mas querem novidade. Apesar de a essência ser a elegância. A curitibana não é muito ousada devido ao clima. Nosso corpo é mais coberto, mas estamos em pé de igualdade com o mundo todo.

3 LIÇÕES DE NEGÓCIOS QUE APRENDI COM DENISE:

1.Tratar o cliente como único

2.Empreender na sua paixão

3.Emocionar-se com sua criação

E onde você encontra inspiração?
Na própria cliente. Claro, as viagens, as informações e a mídia ajudam, pois a moda é mutante. Preciso estar sempre em busca de novos tecidos, de novidade, para tornar sempre a mulher a estrela do evento.Ela estar feliz consigo mesma é o fator principal.

E como definir a Denise Leal empreendedora?
Eu me dedico totalmente, ou seja, sou apaixonada pelo que faço. Ao passo que trabalho com haute couture, muitas vezes preciso mergulhar no universo da cliente, porque às vezes nem ela sabe o que quer.

Depois de anos vestindo mulheres, de que forma vê-las usando suas criações ainda a emociona?
Eu me emociono sempre que vejo alguém vestindo o que eu criei. Sou um vetor que une a equipe à cliente para fazer o vestido dos sonhos. Já que a pessoa se dispõe a vir até aqui, me encontrar, tenho que dar o meu melhor.

*Coluna originalmente publicada na edição 223 da revista TOPVIEW.

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