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Curitiba por… Juliana Vosnika

Uma das idealizadoras do Gastronomia Paraná - projeto que quer identificar e fortalecer as riquezas locais -, Juliana fala sobre suas preferências quando o assunto é comida

TOP VIEW: Curitiba tem uma identidade gastronômica bem definida? Por quê?
Juliana Vosnika: Nossa identidade gastronômica está sendo muito bem construída, apesar de ser recente a tendência de valorizar a nossa diversidade. A culinária paranaense reflete as influências dos nossos imigrantes, vemos referências dos costumes indígenas de usar frutos e raízes nativas, como o pinhão, a erva-mate, o milho e a mandioca, por exemplo.

TV: Qual é o nosso maior ícone gastronômico?
JV: Temos vários profissionais que alcançaram fama nacional e internacional, como o Celso Freire e a Manu Buffara, entre outros.

TV: Onde você gosta de comer em Curitiba e por quê?
JV: Vario bastante os restaurantes, mas frequento o Lagundri e o Manu, pelo ineditismo, sabor e utilização de ingredientes locais. Eles refletem bem a essência do projeto Gastronomia Paraná. Além deles, Olivença, Badida, Carolla, Victor, Vindouro etc. Mas, adoro conhecer as novidades na cidade, como La Panoteca e Chokolat.

TV: Quando você recebe parentes ou amigos de fora, que programa gastronômico não pode faltar na agenda?
JV: Uma visita ao Mercado Municipal é indispensável. Mas é importante também conhecer o Madalosso em Santa Felicidade, Madero, Zea Maïs, Confeitaria Lancaster, Padaria América, alguns ícones curitibanos.

TV: Qual é o prato/ingrediente que define a gastronomia de nosso Estado?
JV: O barreado, originário dos sítios dos pescadores, a carne moqueada, assada em buracos aquecidos, a quirera lapeana, o arroz tropeiro, dentre outros. Também somos especialistas em churrasco e ainda usamos muito charque e farinhas (trigo, mandioca e milho).

TV: Até que ponto a gastronomia curitibana é importante para atrair turistas?
JV: Na medida em que buscarmos atualização sobre tendências, resgatarmos tradições culinárias, e usarmos novos ingredientes, com criatividade, e valorizarmos o que é regional, podemos ganhar destaque.

TV: A que você atribui o boom gastronômico que Curitiba vem passando nos últimos anos e até que ponto isso ajuda no turismo?
JV: O crescimento da gastronomia é mundial, ao lado do turismo gastronômico. O novo turista busca experiências mais sensoriais. É preciso viajar para conhecer o que as cidades têm para oferecer e nós temos muitas riquezas. Em Curitiba esse boom também se deve à mudança do perfil da cidade, por intermédio da instalação e modernização de empresas nas duas últimas décadas. O consumidor curitibano mudou.

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