Corrupção, vacina e governo
A morte da Lava Jato
Uma decisão de Brasília encerrou a força-tarefa de Curitiba no mês passado. É triste ver o fim de um trabalho que, a partir daqui da capital dos paranaenses, fez o Brasil entender como funciona a corrupção. E mais: nos fez ter a certeza de que não estamos destinados a ver eternamente o nosso dinheiro, o dinheiro do público, sendo desviado pelas mãos de políticos ladrões. Resta-nos, agora, manter vivo o legado da Lava Jato e torcer para que as sementes plantadas na chamada “República de Curitiba” germinem.
Números do combate à corrupção
Foram 79 fases da Lava Jato em quase sete anos. 295 pessoas foram presas, entre elas, alguns dos maiores empresários do país – como o empreiteiro Marcelo Odebrecht – e políticos importantes – como o ex-presidente Lula. 174 acabaram condenados por corrupção e outros crimes. Mais de R$ 4 bilhões foram recuperados com as investigações.
“Ganhamos todas as guerras com a APP”
O governador Ratinho Júnior tem na APP-Sindicato seu maior desafeto. “Já se notou que a APP não é um sindicato que representa os professores. Eles representam um partido político. (…) Nossas teses estão convencendo a população, o Judiciário e o Ministério Público de que aquilo que estamos implantando é o melhor para os jovens e os professores”, disse ele em entrevista à Jovem Pan.
Segue o líder
Apesar de apostas contrárias, o vereador Pier Petruzziello (PTB) seguiu firme e forte como líder de Rafael Greca na Câmara de Curitiba. Parlamentares do DEM, partido do prefeito, chegaram a reivindicar a vaga, mas não conseguiram chegar a um nome que convencesse o Palácio 29 de Março. Pier mostrou força ao articular a nova composição da direção do legislativo municipal.
Bancada consciente
Nove vereadores já anunciaram que irão devolver os carros oficiais: Amália Tortato (NOVO), Dalton Borba (PDT), Denian Couto (PODE), Eder Borges (PSD), Indiara Barbosa (NOVO), Marcelo Fachinello (PSC), Pier Petruzziello (PTB), Professor Euler (PSD) e Tico Kuzma (PROS).
Ainda faltam 29 vereadores recusarem o benefício.
Aglomeração da vacina
A prefeitura de Curitiba criou o “Pavilhão da Cura”. A ideia de centralizar a vacinação no local com nome publicitário e agendar as doses pelo aplicativo da saúde deu errado. O app não funcionou e o resultado foram filas imensas com os profissionais da saúde.
* Coluna originalmente publicada na edição #246 da revista TOPVIEW.