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Governança: item obrigatório na pauta corporativa

Empresas modernas agem com transparência para crescer de forma sustentável

Se você ainda acha que governança corporativa é pauta de burocrata, está na hora de rever seus conceitos. O tema, que já foi considerado distante da realidade de muitos negócios, hoje é item obrigatório na agenda de qualquer executivo ou empresário que queira construir uma empresa sólida, admirada e – claro – longe de problemas.

O que, afinal, a governança?

Vamos pensar na governança corporativa como o manual de boas práticas que organiza a casa. É um conjunto de princípios, regras e processos que mostram como a empresa deve ser dirigida, monitorada e, principalmente, como ela presta contas para quem realmente importa: sócios, investidores, colaboradores e a sociedade.

O objetivo é garantir que todo mundo jogue junto, com transparência, equilíbrio e responsabilidade, para que o negócio cresça de forma sustentável e sem sustos.

O assunto está em alta justamente porque nunca se cobrou tanto das empresas. Se, antes, bastava entregar resultado, hoje, é preciso mostrar como se chega lá –, e se o caminho foi tortuoso, o mercado não perdoa.

Transparência, ética e responsabilidade social deixaram de ser discurso bonito para virar critério de escolha de parceiros, clientes e investidores. Quem não se adapta fica para trás.

O conceito de governança corporativa traz um recado claro: não dá mais para confiar só na palavra do dono. É preciso criar uma cultura de controle, transparência e responsabilidade para evitar que erros de gestão prejudiquem todo mundo – inclusive a economia.

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Os quatro pilares que sustentam tudo:

Governança corporativa não é só teoria. Ela se apoia em quatro pilares bem práticos:
• Transparência: todo mundo sabe o que está acontecendo, sem pegadinhas ou informações escondidas.
• Equidade: nada de privilégios. Todos são tratados de forma justa, res-
peitando as diferenças e expectativas.
• Accountability: responsabilidade total. Quem toma decisão assume e explica – sem enrolação.
• Responsabilidade corporativa: o negócio precisa ser sustentável e fazer
sentido para o mundo, não só para os acionistas.

Pode-se dizer que o cérebro da governança são os conselhos. Por lei, empresas de capital aberto precisam de um Conselho de Administração.

Mas a tendência é que até as empresas familiares e de capital fechado estejam investindo em conselhos – sejam eles formais ou consultivos – para profissionalizar a gestão.

Conselheiros trazem experiência e visão de fora e ajudam a garantir que as decisões não fiquem restritas a um pequeno grupo. E, principalmente, são fundamentais na hora de planejar a sucessão, um dos maiores desafios das empresas brasileiras.

Recentemente, estive no IBGC, em São Paulo, para entender como seus especialistas estão ajudando empresas a subir o nível da governança. Em conversa com a CEO, Valéria Café, ficou claro que parcerias – como a que estamos desenhando entre o WTC e o IBGC – podem abrir portas para executivos que querem se especializar ou até se tornarem conselheiros.

Informação, networking e capacitação nunca foram tão importantes. CEOs, empresários ou executivos, todos sabemos: governança corporativa não é moda passageira. É o caminho para construir empresas mais sólidas, confiáveis e preparadas para o futuro. Por isso, estamos promovendo eventos, trazendo especialistas e fomentando o debate. O objetivo é simples: ajudar você a transformar governança em vantagem competitiva – e não em dor de cabeça.

No fim das contas, governança é sobre confiança, reputação e longevidade. E, convenhamos, esses são ativos que nenhuma empresa pode se dar ao luxo de perder.

*Matéria originalmente publicada na edição #302 da TOPVIEW.

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