Bolsa de valores em tempos de crise: o que fazer com minhas ações?
O mês de março chegou com turbulência para o ano de 2020. Isso porque, de avião em avião, a pandemia do coronavírus, iniciada na China, se espalhou pelo mundo. Claro que, além das milhares de pessoas, o mercado de ações também sentiu o impacto global econômico. Para esse momento, Arthur Weber, um dos sócios da Allez Invest, faz recomendações certeiras para acionistas e futuros investidores da Bolsa de Valores.
A B3, assim chamada a Bolsa de Valores brasileira, é o ponto de encontro entre empresas e investidores que desejam vender ou comprar ações. Esse investimento é comparado a uma montanha russa: no sobe e desce rotineiro, os retornos possuem tanto risco quanto as quedas. É aí que entram as estratégias e planejamentos para aproveitar o potencial do mercado.
Para investir na Bolsa de Valores
Segundo Arthur, antes de começar a investir em ações da Bolsa, o investidor deve saber que esse é um mercado que apresenta uma oscilação de preços constante e também entender a dinâmica do negócio. “Basicamente, a Bolsa de Valores é o conjunto das maiores empresas do Brasil. O investidor estará comprando ações dessas empresas, então o retorno vai depender muito do resultado de cada uma delas, em como ela será impactada e performada positivamente ou negativamente.”
Na Bolsa são negociadas dois tipos de ações: as ações ordinárias, das quais o seu detentor possui direito ao voto, e as ações preferenciais que, como o próprio nome já diz, são aquelas que dão preferência no recebimento de dividendos. “Por exemplo, na Petrobras, a PETR4 é uma ação preferencial, já a PETR3 é uma ordinária. Quando um acionista deseja receber os dividendos da ação dele, ele deve comprar uma preferencial”, explica o sócio da Allez.
Além disso, Weber afirma que para ambas ações o perfil do investidor é agressivo. “O investidor que compra na Bolsa de Valores é aquele que tem estratégia agressiva. Já o investidor que compra ações para receber o dividendo, naturalmente está comprando ações pensando a longo prazo.”
A influência das crises globais na Bolsa
O COVID-19, conhecido como coronavírus, é uma família de vírus que causa infecções respiratórias. Atualmente elevado ao grau de pandemia, o corona, juntamente com a “guerra do petróleo”, iniciada há pouco, estão afetando diretamente na Bolsa de Valores — assim como toda crise global que, consequentemente, balança a economia. Só nas últimas semanas, a Bolsa teve quedas marcantes e, inclusive, contou com o circuit breaker (ferramenta de pausa imediata nas negociações quando ocorrem oscilações bruscas no mercado) acionado cinco vezes. Por isso, não há como escapar da grande desvalorização da Bolsa nestes últimos dias.
“Hoje (11/03) saiu a notícia de que o coronavírus acaba de se tornar uma pandemia, então isso impacta diretamente a Bolsa porque ela apresenta um risco de confiança dos mercados. A Bolsa de Valores está ligada diretamente ao consumo, importação, exportação, à variação de preço do dólar e das moedas em geral. Se pensarmos os impactos que estamos sofrendo agora, muitos são por conta do fechamento de países como a Itália e a China, que já não recebem mais importações e turistas. Por isso, todas as empresas que estão ligadas à esse tipo de mercado estão desvalorizadas. A ‘guerra do petróleo’ atingiu diretamente a Petrobras, que é a maior estatal no Brasil. Isso leva os preços das ações para baixo”, esclarece Arthur.
Como ficam os acionistas diante do colapso no mercado financeiro?
Se você está preocupado(a), pensando nas ações que investiu na Bolsa e o que deve fazer com elas, fique tranquilo. Arthur Weber dá dicas para você saber se posicionar no mercado:
1) Acionistas da Bolsa: aguarde esse momento difícil passar
Espere a maré ruim ir embora e assim que a Bolsa começar a voltar para os patamares de quando compraram as ações, esses investidores poderão sair da Bolsa ou continuar investindo até ter uma rentabilidade satisfatória dentro daqueles papéis que têm na carteira.
2) Acionistas que querem comprar na Bolsa: keep calm!
Nós da Allez, sugerimos que se tenha bastante cautela para comprar ações na Bolsa agora, porque ainda não foi possível mensurar todo o impacto que o coronavírus vai causar e está causando no mundo hoje. O ideal é ir fazendo posições na Bolsa de maneira mais fracionada do que entrar com todo o capital agora. Parece muito atrativo entrar em uma bolsa que está tão desvalorizada, mas isso apresenta um risco que ainda não foi mensurado
3) Muita cautela na compra de ações
É importante não perder a racionalidade para comprar tudo agora só porque está barato. Sugerimos ter um pouco de cautela para entrar nessas posições, ir comprando aos poucos, aproveite para comprar agora as ações que você sempre quis e sempre esteve de olho nos preços. Tem que ir com calma e sentindo o mercado.
4) Não venda suas ações neste momento
De maneira alguma está na hora de você vender ações e realizar a perda! As pessoas que compraram ação na bolsa quando estava a 100 mil pontos estão vendo a desvalorização delas agora. O investidor imaturo, ou seja, o investidor que não entende o ciclo do mercado, vai vender essas ações porque pode se assustar com as quedas expressivas. Mas, na verdade, o que ele está fazendo é comprando ações caras no passado e vendendo mais barato agora. Esse é o movimento mais errado que o investidor pode fazer agora: se afobar e vender.
Quer mais dicas e mais informações sobre suas aplicações e rendimento com a influência das crises globais? Agende uma reunião com os sócios da Allez e garanta a segurança do seu investimento.