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Agronegócio x mercado financeiro: como investir meu dinheiro?

Conheça os melhores modelos de negócios para rentabilizar sua aplicação com o agronegócio

Ter uma carteira de negócios diversificada é entender que o dinheiro pode render de formas e lugares diferentes, com a segurança dos riscos minimizados. O mercado financeiro e o agronegócio são transações diferentes mas, ao mesmo tempo, se relacionam quando o assunto é investimento no mercado. E, de acordo com Arthur Weber, sócio da Allez Invest, representam uma ótima alternativa.

O agronegócio ocupa grande parte do mercado brasileiro e vai além da produção agrícola e agropecuária: abrange também a tecnologia, o processamento de grãos e outros diversos nichos menos explorados. Segundo um levantamento feito pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em 2019  as exportações nesse setor somaram US$ 96,8 bilhões, o que representa 43,2% do total exportado pelo Brasil.

Da soja exportada, 80% é para a China – e os 20% são exportados para outros países, e pequena parte da soja produzida é processada no Brasil, segundo Arthur Weber.

“Nós poderíamos utilizar no nosso próprio país todo esse potencial que mandamos para a China. Isso seria, basicamente, gerar mais empregos e ter mais indústrias brasileiras trabalhando em nichos desse mercado”, opina o especialista.

Agronegócio X mercado financeiro: qual a diferença?

Antes de aplicar ativos no setor, é importante entender que o agronegócio e o mercado financeiro operam de maneiras diferentes. Investir diretamente no agronegócio é, basicamente, criar uma empresa: comprar ou ter uma fazenda vai fornecer um grande retorno. Entretanto, essas respostas vão depender diretamente do seu trabalho. Investir no mercado financeiro ligado a esse setor é adquirir um título que fomenta as atividades do agronegócio do país, enquanto sua aplicação rende. É o caso de relação e risco diferente uma da outra.

Existem diversos mercados financeiros que se relacionam com o agronegócio. No Brasil, são muito trabalhados os papéis de renda fixa, as LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) e as CRAs (Certificado de Recebíveis do Agronegócio). Os dois títulos operam de forma parecida, mas possuem características diferentes. No primeiro, o investidor empresta recurso a uma instituição financeira, como os bancos, e ela o utilizará para financiar atividades voltadas ao agronegócio. No caso das CRAs, os títulos são emitidos por empresas para investir nelas mesmas. Agora você deve estar se perguntando “em qual dos títulos devo investir?”, certo?

LCA X CRA

De acordo com Arthur ambos os papéis são vantajosos. A diferença entre eles é o risco que oferecem. As LCAs são emitidas por instituições financeiras  e que possuem um histórico transparente e conhecido. Já as CRAs, são emitidas por empresas, o que subentende-se que essas empresas estão cobrindo uma dívida, emitindo uma dívida ou, ainda, está em expansão. Nessa, a dica é conhecer a empresa que vai emitir o título e entender o que está fazendo e por que precisa do capital. “Analisar qual instituição tem um rate melhor e classificação de risco aceitável é essencial antes de comprar uma CRA”, afirma Arthur.

Como o produtor consegue se beneficiar com o mercado financeiro?

Para quem já trabalha com o agronegócio e deseja investir, existe uma ferramenta no mercado de commodities muito específica. O produtor agrícola, por exemplo, pode se proteger das variações de preço por meio do Mercado Futuro e do Mercado de Opções. “São negociados na Bolsa de Valores diversos contratos de boi, soja, milho e café, as principais commodities agrícolas que o Brasil produz. Então, para o produtor agrícola se proteger da oscilação de preço, ele vende a soja dele no Mercado Futuro no preço que ele necessita para conseguir pagar a sua produção. É possível que ele faça essa proteção por meio do Mercado de Opções, travando um preço definido pelo produtor no Futuro”, explica o sócio da Allez. Esse modelo de investimento de renda variável se chama hedge com commodities.

Independentemente se já estiver no mercado ou se quiser começar a investir no setor, o importante é conhecer o negócio de ponta a ponta. O problema de muitas pessoas que entram para o setor é não entender como as partes se comportam e a importância de cada uma das etapas para o negócio acontecer. Por isso, se o investidor tiver interesse em ingressar no ramo, ou ainda conhecer outros modelos de investimentos, os sócios da Allez Invest estão mais do que preparados para sanar quaisquer dúvidas. Agende uma reunião e bons negócios!

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