A GUERRA POR TALENTOS: saiba como sua empresa é afetada
Se você é empresário(a) ou executivo(a), já percebeu que, mesmo em tempos de economia menos aquecida, algumas funções ou profissões continuam a ser demandadas. Hoje, sem dúvida, o maior problema das empresas é encontrar de maneira ágil e qualificada profissionais da área da área de tecnologia. Principalmente desenvolvedores (“developers” ou “devs”), que escrevem os códigos e programam os sistemas, sites e aplicações que usamos cada vez mais em nossas vidas através dos smartphones e computadores presentes em todos os lugares.
Um estudo de 2018 da consultoria Korn Ferry mostrou que em 2020 (daqui a menos de 6 meses!) existirá um déficit global de até 6 milhões de profissionais da área de tecnologia. Em 2030, esse número subirá para 18 milhões de vagas não preenchidas por falta de mão-de-obra qualificada em tecnologia.
O impacto disso é enorme para a economia: muitas empresas não conseguem crescer de maneira contínua e sustentável pois dependem desses profissionais para expandirem seus negócios. Nasce, então, uma “guerra” por talentos entre as empresas.
Um exemplo positivo de resposta a isso é o que fez o governo da Estônia, um pequeno país na Europa. Foi criada uma iniciativa que une empresas e governo para atrair e reter os melhores profissionais da área de tecnologia do mundo. Isso mostra que sua empresa não está lutando contra aquele concorrente do outro lado da rua, mas com governos como o da Estônia.
O futuro do trabalho é mais humano do que parece. Mesmo falando em tecnologia, sem as pessoas certas com criatividade, habilidade de resolver problemas e senso crítico, não seguiremos desenvolvendo nossas empresas e consequentemente a economia.
Sobre o colunista
Diego Godoy é headhunter desde 2009, com passagens por empresas de serviço como PwC, Michael Page e Walt Disney Company. Formado em Administração de empresas pela PUCPR e com especialização em excelência de serviço pela Disney University. Fundou em 2018 a RecrutamentoFacil.com, empresa de recrutamento e seleção com foco em empresas de controle acionário familiar e startups. Atua ainda no projeto social Você Tech Aprender, que treina pessoas desempregadas nas profissões da nova economia.