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A genialidade de Leonardo da Vinci

Autodidata, Leonardo da Vinci viveu - e participou - da efervescência cultural e artística do Renascimento europeu

Quem foi o maior gênio de todos os tempos? Gênio é alguém com capacidade intelectual incomum, um cérebro privilegiado, capaz de conhecer e fazer coisas difíceis que poucos seres humanos conseguem.

Para alguns, Albert Einstein (1879-1955) é considerado o maior cientista, por suas realizações no campo da física, principalmente pela Teoria Geral da Relatividade e pela Teoria Especial da Relatividade. Outros apostam que Isaac Newton (1642-1727) foi o mais importante cientista de todos. Sua obra Princípios Matemáticos da Filosofia Natural, na qual ele descreve a lei da gravitação universal e as três leis de Newton, é tida como uma das mais relevantes e influentes. Para mim, porém, o maior gênio científico e de múltiplas habilidades é Leonardo di Ser Piero da Vinci (1452-1519). Filho ilegítimo de um caso extraconjugal do tabelião Piero da Vinci e da camponesa Caterina, Leonardo da Vinci quase não frequentou escola formal, mas tinha múltiplas habilidades – e em todas era um gênio.

Leonardo se destacou como matemático, engenheiro, arquiteto, escultor, inventor, anatomista, poeta, músico, pintor, e em todas essas profissões, técnicas e das artes, ele se destacou com um grau de genialidade espantosa. Ele era um cientista incomum, dono de uma mente assombrosa e habilidades técnicas quase inimitáveis.

Portador de sede insaciável de conhecimento, observador detalhista, autodidata e experimentador persistente, Leonardo da Vinci vai desde a dissecação de cadáver de mulher grávida para desenhar e descrever um feto (como anatomista) até a invenção de uma máquina de fabricar espelho (como engenheiro mecânico), passando por longa lista de invenções e soluções como: um protótipo de helicóptero, um tanque de guerra, o uso da energia solar, uma calculadora, teoria das placas tectônicas e projeto de prédios, pontes e canais.

A mente de Leonardo não tem paralelo e nunca foi superada por qualquer cientista. Ele era um desenhista de altíssima habilidade, perfeccionista, e muitos de seus projetos somente foram viabilizados cinco séculos depois, como a ponte Golden Horn, em Istambul. A multiplicidade de talentos elevados que povoava o cérebro de Leonardo da Vinci o faz, a meu ver, o maior gênio científico, técnico e artístico que a humanidade já viu nascer.

*Matéria originalmente publicada na edição #260 da revista TOPVIEW.

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