6 tendências do mercado imobiliário diante do Covid-19
A pandemia do Coronavírus tem trazido para o mundo uma nova maneira de pensar e viver, como uma antecipação de tendências. A expectativa para uma nova realidade ainda está por vir, acompanhada de muitas mudanças no comportamento do ser humano, na consciência do morar e no impacto que tudo isso pode trazer para a vida. Durante uma live da incorporadora AG7, o CEO Alfredo Gulin Neto conversou com o sócio da Brain Inteligência Estratégica, Fábio Araújo sobre 6 tendências para o mercado imobiliário diante do Covid-19. Confira!
1 – A presença no digital passa a ser obrigatória
Com a pandemia, as pessoas estão ficando em casa por muito mais tempo e consequentemente, o tempo de uso do celular aumentou e muito. Se antes eram cerca de 6 horas de conexão, agora esse número simplesmente dobrou. Estima-se que as pessoas passam no mínimo 12 horas com o celular durante o dia. Para o segmento imobiliário, isso significa que é hora de ampliar a presença no digital com o intuito de fazer com que o consumidor passe tempo no seu site, nas suas redes sociais, dentro dessas 12 horas conectadas. É preciso estar preparado para esse momento, estar no online com suas equipes de vendas estruturadas, com seus tours virtuais bem colocados. A tecnologia, finalmente e mais do que nunca, será a responsável por fazer e manter o contato com o cliente.
2 – A estrutura online torna-se necessária
O incorporador nunca quis criar um custo interno para ter uma estrutura online. Ele costuma fazer isso com imobiliárias parceiras. Porém agora é a hora de estabelecer uma estrutura interna para que haja acompanhamento, constância e resultados. Um consumidor fica de 12 a 14 meses na busca por um imóvel, desde a sua primeira pesquisa na internet. Como captá-lo sem um acompanhamento? Sem uma gestão eficaz de uma equipe online? É preciso acompanhar um lead, mês a mês, e manter um relacionamento com ele. E isso não se faz sem estrutura.
3 – O repensar processos não é mais uma opção
As crises mudam comportamentos quando são longas. Um comportamento precisa de repetição para gerar mudança. No Brasil, existem duas realidades: o mercado da incorporação, que pensa o produto em si e o negócio; e o mercado da construção, que pensa no custo de um prédio. A pandemia trouxe a oportunidade para as empresas pensarem em mudanças radicais em seus processos produtivos. Um hospital de 100 leitos já foi entregue em 40 dias. Quando que isso seria possível se não fosse uma crise? É tempo de reflexão. A burocracia de processos suga a energia, agora é o momento de repensar tudo isso e parar para pensar no consumidor.
4 – É tempo de aprender a pensar e refletir
O mercado em si não costuma se preocupar no que o consumidor quer. Basta a venda. Toda vez que o mercado chacoalha, o setor de incorporação continua fazendo as mesmas coisas, é um mercado muito tímido e que estuda pouco. A grande parte desse universo imobiliário acaba sendo o da construção, que se comporta como um prestador de serviços. A forma de pensar o negócio precisa ser diferente. A estrutura do mercado não vai mudar, mas o jeito de se comportar nele é que muda, o jeito que o produto será desenvolvido e o que fará dele ser novo e com real sentido, o jeito de vender e de comprar, isso tudo é que será diferente. Questionar-se em como o consumidor se comporta, como ele vive e como o empreendimento faz a relação de troca com o entorno, com as cidades. É o momento de criar a cultura do aprendizado contínuo.
5 – É tempo de repensar os espaços
O que a pandemia mais tem trazido é uma nova consciência sobre o morar. É a estrutura das casas, a divisão dos espaços, o mau uso deles e a consequência disso tudo para a saúde e o bem-estar. Nos últimos anos, o mercado apresentou os espaços compactos, onde pouca coisa e pouco espaço era o necessário para uma pessoa viver bem. Atualmente, a realidade foi invertida. Espaço, conforto, área comuns bem pensadas, agora fazem muito mais sentido para o dia a dia de quem vive quase que apenas dentro de casa. É preciso repensar os ambientes.
6 – O wellness e a saúde devem ser considerados premissas no mercado
Só sabemos do bem que nós temos, quando o usamos totalmente. É o caso das nossas próprias casas. Não ter espaços bem definidos para trabalhar, para o aprendizado das crianças, para um momento de relaxamento, de leitura, entre tantas outras necessidades, geram consequências na saúde do corpo e no bem-estar diário. É tempo de pensar o que permitirá com que a pessoa viva bem? Quando você entrega áreas comuns pensadas para um propósito, as pessoas percebem que aquilo começa a fazer sentido para o bem-estar delas. A segurança, por exemplo, não se trata mais de um bem no que diz a cerca elétrica, ao porteiro 24 horas, mas a segurança agora engloba a saúde. Como o prédio pode colaborar para cuidar dos seus moradores? É mais do que tempo de repensar a vida, a relação familiar, a relação com os amigos e os negócios.
Confira a live completa no IGTV do @ag7realty.