
Prática de atividade física contribui na prevenção e tratamento de câncer; o sedentarismo aumenta os riscos da doença

A falta de atividade física é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de diversas doenças, incluindo o câncer. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o sedentarismo e a obesidade estão diretamente ligados a pelo menos 13 tipos da doença, tornando a prática regular de exercícios um dos pilares fundamentais tanto na prevenção quanto no tratamento oncológico.
Os impactos da atividade física na saúde oncológica vêm sendo cada vez mais estudados e fazem parte dos protocolos médicos para pacientes em tratamento. Diversos hospitais e centros especializados já incorporaram academias e programas supervisionados de atividade física. Vinicius Basso Preti, cirurgião oncológico e nutrólogo do IOP (Instituto de Oncologia do Paraná), destaca que a prática regular de exercícios pode reduzir a fadiga, melhorar a imunidade, preservar a massa muscular e aumentar a qualidade de vida. “A inatividade aumenta os níveis de hormônios inflamatórios e resistência à insulina, criando um ambiente propício para o crescimento celular descontrolado, que pode levar ao câncer”, explica Vinicius.

Durante o tratamento contra o câncer, muitos pacientes sofrem com sintomas debilitantes, como fadiga extrema, perda de força muscular, ansiedade e redução da imunidade. No entanto, estudos comprovam que a atividade física pode mitigar esses efeitos, promovendo benefícios como melhora da capacidade aeróbica e da força muscular, redução da fadiga e do estresse emocional, aumento da autoestima e da qualidade de vida, diminuição das náuseas induzidas pela quimioterapia e preservação da massa muscular e prevenção da atrofia.
A combinação entre exercícios aeróbicos (corrida, natação, bicicleta) e treinos de resistência (musculação, pilates, funcional) é a mais eficaz para reduzir os riscos e manter a saúde em dia. Estudos mostram que a prática regular pode diminuir em até 40% o risco de câncer de mama e reduzir significativamente a incidência de outros tipos da doença. O Dia Mundial de Combate ao Sedentarismo, neste 10 de março, é um momento para reforçar a importância da atividade física como ferramenta de prevenção e tratamento do câncer.