
Cármen Lúcia diz que administração pública brasileira não tem excesso de servidores, mas má distribuição
Da Redação

A ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia participou na manhã desta sexta-feira da conferência Democracia, Constituição e Administração Pública, no VII Congresso Brasileiro de Direito Eleitoral (CBDE), que está sendo realizado desde segunda-feira (17) em Curitiba, em formato virtual. Na opinião dela, a administração pública brasileira não tem excesso de servidores, o problema é a distribuição. Para a ministra, a maior preocupação do administrador público deve ser com a eficiência, cuja falta resulta na insatisfação da sociedade que, em casos extremos, desemboca em manifestações de ódio.
Cármen Lúcia também abordou o crescente comportamento de intolerância daqueles que veem como inimigo quem pensa diferente e como isso é antidemocrático. “O momento que vivemos deixa à mostra muita intolerância, até mesmo com os princípios constitucionais. Mas isso é um soluço histórico, que será superado”, disse.
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Sobre o contexto da pandemia, Cármen Lúcia citou as pessoas em situação de vulnerabilidade. “Distanciamento é ruim para todos. Mas é pior para quem não tem onde morar ou mora em um lugar muito pequeno, com seis ou oito pessoas, onde o distanciamento é inviável”, afirmou.
Também participaram da conferência a presidente do Instituto Paranaense de Direito Eleitoral (Iprade), Ana Carolina Clève, e o presidente do congresso, o advogado Luiz Fernando Pereira. Organizado desde 2008, pela primeira vez o evento ocorre de forma virtual. Os convidados do primeiro dia foram os ministros Edson Fachin e Luís Roberto Barroso. O ministro Gilmar Mendes faz a conferência de encerramento, logo mais, às 19h05, na página do Instituto Paranaense de Direito Eleitoral, no Facebook.

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