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Na última coluna de 2020, LabCK fala sobre alergias alimentares e como evitar complicações

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Na última edição da coluna Saúde em foco de 2020, o Laboratório Caboracy Kosop fala sobre alergias alimentares. Este ano, as reuniões entre amigos estão mais restritas, mas as refeições de final de ano continuam tendo importância. Além dos cuidados da pandemia, as alergias alimentares existem e podem interferir nesses momentos especiais. Confira.

Alergias alimentares: a receita para evitar complicações

Laboratório Caboracy Kosop

O Natal e o Ano Novo estão chegando e nessa época do ano, tradicionalmente recheada de confraternizações, todas as atenções estão voltadas para a mesa. Ainda que com a pandemia as reuniões entre amigos estejam mais restritas, as ceias e almoços em família devem manter sua importância na rotina de festividades. Opções não faltam entre as tradicionais iguarias da temporada, como o Chester, Tender, Peru, as massas, maioneses e farofas, além das irresistíveis sobremesas.

Todos esses pratos tornam quase impossível a missão de manter a dieta. Mas para boa parte das pessoas, existe um motivo ainda mais importante para se preocupar na hora de escolher o que servir: as alergias alimentares.

Queridinho do Natal, o chocotone é uma armadilha para intolerantes ao glúten e lactose. (Foto: Divulgação/Freepik)

Muito além do glúten e da lactose

Quando falamos em reações do nosso organismo aos alimentos, é comum lembrarmos de alguém que possua intolerância à lactose ou ao glúten. Mas é importante observar que tais condições não são consideradas alergias alimentares. “A intolerância à lactose, como o próprio nome diz, é uma intolerância decorrente da ausência da enzima lactase, responsável por fazer a degradação e digestão da lactose. Os sintomas principais são estufamento ou dor abdominal, diarreia ou até mesmo constipação”, observa a endocrinologista Dra. Rafaela Kosop.

Quanto ao glúten, que é uma combinação de dois grupos de proteínas: a gliadina e a glutenina (presentes em grãos de trigo, centeio e cevada) a pessoa pode ter alergia propriamente dita ou ainda possuir a doença celíaca, que é uma doença autoimune.

A intolerância alimentar mais conhecida hoje é a intolerância à lactose, mas pode existir intolerância a outros açúcares presentes nos alimentos (normalmente industrializados) como é o caso do sorbitol e do inositol (usados frequentemente na indústria alimentícia em itens como balas, doces e bebidas açucaradas).

As alergias alimentares propriamente ditas são reações do nosso sistema imunológico a algumas proteínas presentes em determinados alimentos, ocasionando sintomas diversos como erupções cutâneas, inchaços na boca e olhos, problemas digestivos e obstrução das vias respiratórias. As alergias mais frequentes estão relacionadas ao consumo de nozes, amendoins, mariscos, peixes, gergelim e até mesmo algumas frutas.

Comédia romântica Hitch (2005) ilustrou os efeitos de reação alérgica no protagonista Will Smith ao ingerir frutos do mar. (Foto: Columbia Pictures)

Há uma predisposição genética para ocorrência de alergia alimentar e nos últimos anos tem se observado a influência do meio ambiente nesse processo – mudança de estilo de vida e alimentação são alguns dos fatores comumente associados. De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), apesar de não haver no Brasil estatísticas oficiais, a prevalência dessa condição está dentro do previsto na literatura internacional, que estima: cerca de 8% das crianças com até dois anos de idade e 2% dos adultos possuem algum tipo de alergia alimentar.

“No caso das alergias alimentares (em que há uma resposta imunológica, em especial com a produção de anticorpos da classe “IgE” e a ativação de células inflamatórias chamadas eosinófilos e mastócitos), a pessoa pode não apresentar sintomas logo na primeira exposição, mas sim nas exposições subsequentes. Esse fenômeno é chamado de sensibilização; ou seja, a imunidade inicialmente reconhece o alérgeno, mas não faz nada. Quando a próxima exposição acontece, já houve tempo para o organismo organizar a resposta alérgica pelos anticorpos IgE”, explica o médico infectologista e Diretor Médico do LabCK, Ricardo Kosop.

Diagnosticando as alergias e reações alimentares: inovação nos testes atuais

O primeiro passo para averiguar se uma pessoa apresenta alergia alimentar é avaliar o histórico clínico, observando a relação de causa entre ingestão do alimento suspeito e o aparecimento dos sintomas (considerando também se os sintomas se repetem nos episódios de ingestão). A partir daí, é possível partir para os exames laboratoriais específicos, que devem ser solicitados com prescrição médica, permitindo a correta interpretação e orientação do médico, que pode ser um clínico geral, endocrinologista, nutricionista, entre outros. Um dos exames diagnósticos mais amplos e completos é o Painel de Alergia Alimentar, para detecção de alergia a até 200 alimentos diferentes. O exame é feito através de coleta de sangue e demanda jejum de 4 horas.

Outra forma de diagnóstico são os testes da categoria TPO (Teste de Provação Oral), que consistem em ministrar no paciente a substância isolada que se quer avaliar. O procedimento é feito em ambiente adequado e controlado, com total segurança e supervisão de um especialista para o caso de apresentar alguma reação. Um exemplo é o Teste Oral de Intolerância à Lactose, realizado pelo LabCK. Nele, o paciente faz uma coleta em jejum (8 horas), toma uma sobrecarga de 75g de lactose, faz uma coleta de sangue após 30 minutos e após 60 minutos da administração.

Teste de intolerância à lactose já não precisa causar desconforto aos pacientes. (Foto: Divulgação/Adobe Stock)

Atualmente, já existe o exame Teste Genético de Intolerância à Lactose, realizado por meio de coleta de sangue. O teste é capaz de identificar duas variantes no gene MCM6 (C/T -13910 e G/A-22018) que estão associadas à deficiência de lactase primária, ou seja, quando há uma diminuição dos níveis de lactase (enzima que quebra a molécula de lactose) nas células intestinais. Por conta disso, ele é mais rápido e menos incômodo que o teste tradicional, dispensando inclusive o jejum.

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“O Teste Genético de Intolerância à Lactose é mais uma ferramenta inovadora que surgiu nos últimos anos e tem feito muita diferença para o paciente, por não causar nenhum tipo de indisposição ou desconforto.”, comenta o Dr. Ricardo Kosop.

Descobri que tenho alergia alimentar, existe cura?

De acordo com a ASBAI, as alergias causadas por alimentos como trigo, soja, leite e ovo, comumente iniciadas na infância, são mais efêmeras e a grande maioria das pessoas perde a alergia até a segunda década de vida.

Já as reações às castanhas, amendoins, peixes e frutos do mar podem iniciar em qualquer fase da vida. Essas tendem a ser persistentes ao longo da vida do indivíduo. As características das respectivas proteínas parecem estar relacionadas com a história natural da doença.

LabCK realiza os principais testes para reações alimentares

Os exames Painel de Alergia Alimentar, Teste Genético de Intolerância à Lactose e o Teste Oral de Intolerância à Lactose podem ser realizados na matriz do LabCK, anexa ao Hospital Angelina Caron. Mas alguns deles somente horários especiais (confira aqui).

Se preferir, o paciente pode optar pelo serviço de Coleta Móvel (exceto para o Teste Oral de Intolerância à Lactose, restrito somente à matriz), que cobre a área de Curitiba e região metropolitana.

Em caso de dúvidas, o LabCK oferece Assessoria Médica e Científica: (41) 9877-8334
Mais informações: labck.com.br | facebook.com/labkosop | instagram.com/labkosop | youtube.com/labkosop

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