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Em operação contestada e polêmica, PMs algemam dono de bar, filho do vice-presidente do TJ-PR

Reinaldo Bessa

Uma denúncia de perturbação do sossego noturno contra um bar de música ao vivo nas Mercês está dando o que falar na cidade. O caso ocorreu na noite desta quarta-feira (3) na Avenida Manoel Ribas esquina com a Rua Tapajós, onde funciona um minipolo gastronômico noturno. Um casal cantava na calçada no estilo voz e violão para cerca de 20 clientes do Gastrobar Bruschetta D’Italia, por volta das 20h30, quando chegou uma viatura da PM. O dono do bar, Lorenzo de Souza Netto – filho do vice-presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, desembargador José Laurindo de Souza Netto (esclareça-se que aqui não vai nenhuma intenção de dizer que esta condição devesse livrá-lo de qualquer obrigação legal) – recusou-se a assinar o boletim de ocorrência por entender que não havia feito nada de errado. Foi o que bastou para ser algemado e levado de camburão para o 1º Distrito Policial junto com uma cliente que se revoltou contra sua prisão e criticou a ação policial. A moça, que estava acompanhada do marido, foi igualmente algemada e acusou uma policial de tê-la agredido fisicamente na delegacia.

O presidente do SindiAbrabar (Sindicato dos Bares e Casas Noturnas do Paraná), Fabio Aguayo, vê o episódio como uma perseguição ao setor.

“Quantos alarmes disparam de madrugada e ninguém faz nada. Esses dias deixaram de atender um caso de feminicídio em Fazenda Rio Grande por falta de viaturas e agora mandam seis em um bar às oito e meia da noite”, questiona. Para Aguayo, tem que saber o que é prioritário, “a vida ou a música de um bar”. Segundo ele, a prisão do dono do bar contraria a Súmula Vinculante 11 do Supremo Tribunal Federal que diz:

“Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia por parte do preso ou de terceiros[…]”. Para Fabio Aguayo, os policiais quiseram forçar o proprietário do bar a desacatá-los ao obrigá-lo a assinar o Boletim de Ocorrência. O portal entrou em contato com a assessoria de comunicação da Polícia Militar, mas foi orientado a mandar as perguntas por escrito, via e-mail, o que foi feito. Mas as respostas não vieram a tempo. Assista o vídeo do momento em que Lorenzo de Souza Netto é algemado.

Leia a nota oficial do Gastrobar Bruschetta D’Italia:

Em operação contestada e polêmica, PMs algemam dono de bar, filho do vice-presidente do TJ-PR

21 comentários em “Em operação contestada e polêmica, PMs algemam dono de bar, filho do vice-presidente do TJ-PR”

  1. A PM do Paraná é uma vergonha! Um despreparo total. Semana passada um grupo de jornalistas passaram por uma situação de abuso de autoridade de uns PMs com problemas de ego. Agora isso!
    Vergonha dessa PM despreparada e ignorante…

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  2. Lamentável a distorção da verdade. O dono do estabelecimento recusou-se a identificar-se simplesmente para encerramento do Boletim de ocorrência, pode foi aberta reclamação pelo 190. Já respondeu outros termos mas nesse caso criou, junto com alguns clientes talvez alterados por conta do álcool, uma confusão desnecessária. A lei e o estado servem a todos. Inclusive os poderosos. Desacato e desobediência só crimes tipificados no código penal. A presença de várias equipes serve exatamente para evitar o uso da força, dissuadindo os mais alterados de partirem contra os policiais. Todas as ocorrências de perturbação do sossego em bares e festas são ocorrências complexas e arriscadas, por conta do número de envolvidos e pelo consumo de álcool.
    Mais de 60% das ligações de denúncias de crimes ao 190 é de perturbação do sossego e do trabalho. A culpa do desvio de policiais de ocorrências sérias para esse tipo de enfrentamento é culpa de quem comete o delito e causa desconforto e desassossego à comunidade, que reclama e aciona a PM, com razão. O cidadão não aguentas mais a balbúrdia e bagunça generalizada que vem tomando conta da cidade. O sr Aguayo, da ABRABAR, não contribui com a cidadania e civilidade com sua postura de “tudo pode” e reiterado desrespeito aos órgãos fiscalizadores, à lei e à população de bem.
    Vários Conselhos Comunitários de Segurança e Associações de Moradores se manifestaram e em defesa das ações da polícia no combate à perturbação do sossego.
    Se há alguém que não tem culpa no fato, são os policiais.

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    • Os policiais, a meu ver, cumprem a lei!
      A LEI de não causar ” perturbação do sossego”, à comunidade, deve e têm que ser respeitada! Cidadãos curitibanos, já estão esgotados, pelo ruído excessivo à noite, inclusive, aos domingos, dias em que o DESCANSO devería ser PRIORIZADO!

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  3. A verdade !!
    Não é produscente este comportamento da PM.
    Ja é de conhecimento do POVO, de que este tipo de acao , é desperdicio de recursos da segurança e trata-se de perseguição pura e simples , alem de abuso de autoridade.
    A sociedade civil Organizada não irá nais permitir este espetaculosismo usando bares e restaurantes pra mentir sobre a falsa sensacao de segurança que pretendem plantar.

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  4. Conheço o Lorenzo desde seu nascimento, sempre foi respeitoso mesmo em criança, realmente fiquei triste e chocado pela atitude extrema por parte dos policiais, a polícia militar deve ao menos fazer uma nota de desculpas ao Lorenzo e seus pais, pelo constrangimento desnecessário causado aos mesmos. Quero aqui hipotecar minha solidariedade à família e repúdio à ação policial que foi desastrosa…

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  5. Primeiro houve solicitação, por isso a PM chegou lá, constatou o fato e o proprietário por ser uma pessoa exclarecida devia ter acatado a ordem policial mais não ele preferiu criar outro problema, o fato é que ele estava perturbando o sossego alheio e a PM está ali para fazer valer o direito de todos inclusive o dele porem com sua prepotência e arrogância criou outro problema problema esse que uma grande parte das pessoas tem não sabem respeitar o serviço policial

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  6. Parabéns a esses polícias que fizeram cumprir a lei, chega desses butecos barulhentos que perturbam o sossego, que incomodam a população de bem, do que vivem esses baderneiros, pois passam a noite toda na gandaia, os bebuns e drogados se acham no direito de perturbar e incomodar os outros, não tem limites, portanto, esses PMs estão de parabéns, fizeram cumprir a lei, esse cara acha que por ser filho de quem é pode fazer o que quiser, não senhor, tem é que dar exemplo, e esse advogado está errado, devia é orientar os seus associados a obedecerem a lei, parabéns a esses PMs, pois tem alguns que apoiam, tem até promotor que apoia essa pouca vergonha!

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  7. Tem que respeitar o sossego alheio. Não interessa o horário, pois a lei não determina horário.
    Não tem perseguição pois duvido que alguém saiba o nome do vice presidente do TJ, e também este fato não serve de alvará. Aliás o problema foi este, o famoso ” você sabe com quem está falando?”.
    Agora fazer som ao vivo na calçada é proibido.
    Parabéns à PM. quanto aos comentários que o rapaz seja Boa pessoa, pode até ser , mas cometeu um crime e deve responder.

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  8. É só ver o comportamento do rapazote gritando pelo prefeito Greca e a moça phina docemente falando que os PM estavam f***. Atitudes típicas de mimados, filhinhos de papai, arrogantes e presunçosos. Ou alguém acha que o Policial acordou e pensou: vou prender um dono de bar hoje, e se for filho de desembargador, melhor ainda. Ou disse para a familia: vou prender uma socialite loira hoje, vocês vão ver!
    Ora bolas, por favor vamos deixar de hipocrisia. Não vi nenhuma violência dos policiais mas vi a atitude grotesca do proprietário e de alguns fregueses fazendo cena e querendo aparecer. O policial loirinho bonitonho que segura o detido parece mais estar fazendo um carinho amoroso do que imobilizando alguém. O fato é o seguinte, todos temos que ser iguais perante a lei e pronto. Tem nosso apoio polícia!

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  9. Uma vergonha ainda darem voz e ouvido a um explicito desacato aos policiais. Afinal de contas, ninguem pode recusar-se de ser identificado. Se a moda nega, nao precisaremos mais de picia nas ruas pois daí o caos estará estabelecido.

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  10. Não vi nada de absurdo nos filmes, a nota explicativa do boteco é contraditória, inclusive no último parágrafo afirma q não foi apreendido equipamento musical pq no momento da chegada da PM já não havia mais som, deixando explícito que antes havia. Sendo que. A afirmação e propósito da mesma era afirmar que não foi este boteco o local correto da música e alvo da reclamação.

    Infames esses babaca…

    Parabéns PM.

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  11. Mais um caso de truculência policial. No Paraná não é novidade, qualquer um com um pouco de senso crítico já viu diversas situações como essa em nossas ruas. Lamentável o despreparo da nossa polícia. 20:30 a noite em um bar… francamente !

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  12. Que desnecessário comentar o cargo do pai do dono do bar. A matéria tenta escandalizar a população buscando fazer pessoas tomarem posições com base em pressuposições. O fato envolveu somente a Bruschetta de Itália e seu sócio. O rapaz jamais se referiu a si como no direito de algum privilégio. É um empresário, um trabalhador, um guerreiro que luta pelo seu negócio. Bruschetta D’Italia local de comida italiana verdadeira e de qualidade, bons rótulos de vinhos, as vezes música de qualidade (blues, mpb, rock clássico) sempre em tom moderado. Jamais vi algazarra no local. Sem duvida a ação policial foi exagerada. Efetivo policial muito mal utilizado! Dinheiro público seria muito mais gasto se o policiamento se voltasse a monitorar pontos de criminalidade da cidade, mas isso não da matéria em coluna social.

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