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Elite do kayak nacional vem ao Paraná para apoiar projeto do Complexo Pequeno Príncipe

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A prova será na Corredeira do Canivete do Rio Iguaçu, entre as cidades da Lapa e de Balsa Nova (Crédito: Fernando Amaral).

A elite do Kayak Extremo participa ,neste sábado (5/4), do Desafio do Canivete, prova que reunirá alguns dos melhores atletas da modalidade no Brasil. A ação faz parte do projeto Re-Conhecer e Reviver o Rio Iguaçu, iniciativa do Complexo Pequeno Príncipe. Referência internacional em saúde infantojuvenil, a instituição curitibana busca ampliar o debate sobre a relação entre meio ambiente e saúde.

A competição, que conta com a parceria do Kayak Extremo Paraná, acontecerá em um dos trechos mais técnicos do rio, a Corredeira do Canivete. A distância a ser percorrida será de 300 metros e exige habilidades avançadas para corredeiras das classes 4 e 5. Após a prova, os canoístas seguirão rio abaixo, por mais 15 quilômetros para que – acompanhados de outros atletas que atuarão como apoio no desafio – possam conhecer ainda mais as peculiaridades do Iguaçu.

A modalidade de alto desempenho não apenas desafia seus praticantes, mas também evidencia o potencial do rio para o turismo de aventura, ao mesmo tempo em que reforça o sentimento de pertencimento da população em relação ao Iguaçu. Os competidores contarão com o suporte da Rumo Logística, que fornecerá um trem para acesso à área da prova, uma região de difícil acesso.

“O kayak extremo permite acesso a áreas remotas, proporcionando uma conexão única com o meio ambiente. Justamente por estarem afastadas, essas regiões muitas vezes não recebem a devida atenção, tornando sua preservação um desafio. Essa prova é uma oportunidade de destacar a importância desse patrimônio natural”, explica o organizador do evento, Fernando Amaral, da Kayak Extremo Paraná.

Maior rio do Paraná, o Iguaçu tem importância estratégica para o abastecimento de água, geração de energia, pesca e turismo ecológico. No entanto, enfrenta desafios significativos devido à poluição, ocupação desordenada e intervenções que comprometem sua biodiversidade. Reconhecendo a relação entre a preservação ambiental e a saúde integral e global, o Complexo Pequeno Príncipe, referência internacional em saúde infantojuvenil, assumiu o protagonismo do projeto Re-Conhecer e Reviver o Iguaçu.

A iniciativa, que teve início no ano passado, realiza um estudo aprofundado sobre as condições do Iguaçu e sua relevância para o bem-estar das populações locais. O levantamento trará elementos ambientais, históricos e socioeconômicos de um trecho de aproximadamente 30 quilômetros do rio – da ponte férrea Engenheiro Bley, entre Lapa e Balsa Nova, até Porto Amazonas. 

O projeto, desenvolvido pela empresa Ô Mata, também promotora do Mata Atlântica EcoFestival, está em sintonia com o princípio definido como “Saúde Única”, preconizado pelo Pequeno Príncipe. Esse conceito estabelece uma abordagem multissetorial, transdisciplinar e integrada que visa a equilibrar de forma sustentável a saúde humana, animal e dos ecossistemas, consideradas interdependentes.

Assim, além do Desafio do Canivete e do estudo técnico, o projeto prevê outras atividades esportivas e recreativas ao ar livre nas cidades onde a pesquisa está sendo realizada: Balsa Nova, Lapa e Porto Amazonas. A intenção é reforçar o vínculo das comunidades com o Rio Iguaçu e incentivar a interação saudável entre as pessoas e a natureza.

Ainda no sábado (5), será realizado um pedal noturno no centro histórico da Lapa. A saída será às 19h do Pantaleão do Heróis. O percurso, considerado fácil, será de 16 quilômetros. Organizado em parceria com o Jeca Bikes, o passeio tem o apoio da prefeitura da Lapa e é aberto a toda a comunidade, sem restrição de idade. Como contribuição sugerida, os participantes podem levar como doação um quilo de alimento não perecível ou um agasalho no local. Os itens serão destinados a instituições lapeanas que cuidam de crianças.

No dia 10 de abril, cerca de 100 alunos das escolas municipais de Porto Amazonas participarão do programa Aventuras Urbanas. A ação tem como objetivo sensibilizar as crianças sobre a importância do Rio Iguaçu e da preservação ambiental. O envolvimento dos estudantes desde cedo fortalece a consciência ecológica e o sentimento de pertencimento, incentivando-os a serem agentes de mudança em suas comunidades.

Já no domingo (27), também em Porto Amazonas, a programação prevê uma caminhada de 10 km, saindo da Biquinha até o Haras Valente, uma grande ação de limpeza das margens do Iguaçu, além do Torneio de Pesca do Lambari, tanto para crianças quanto para adultos. Haverá ainda sessões de ioga, atividades recreativas para crianças e uma exposição do comércio local, reforçando o envolvimento da população com a preservação e valorização do rio.

Ferramenta de transformação

O compromisso do Complexo Pequeno Príncipe com a sustentabilidade já se manifestou em iniciativas de grande impacto, como o Jogo Legends, partida beneficente realizada em 2024, planejada para ser carbono zero. Agora, essa mesma visão se reflete no Desafio do Canivete, que utiliza o esporte como ferramenta de sensibilização e engajamento ambiental, cujas emissões de gás carbono produzido pelo evento também serão compensadas.

“Mais do que nunca, precisamos colocar em prática o conceito de ‘pensar globalmente e agir localmente’. Iniciativas como essa mostram que a saúde vai muito além do atendimento hospitalar, envolvendo também a preservação ambiental e a qualidade de vida das futuras gerações”, destaca José Álvaro Carneiro, diretor-corporativo do Complexo Pequeno Príncipe.

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