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A arquiteta e colunista Daniela Barranco mostra os tesouros históricos, culturais e arquitetônicos de Bangkok

A arquiteta e colunista Daniela Barranco mostra os tesouros históricos, culturais e arquitetônicos de Bangkok

Daniela Barranco

A arquiteta e colunista Daniela Barranco mostra as belezas e riquezas de Bangkok, uma cidade repleta de tesouros históricos, culturais e arquitetônicos
Complexo do Grand Palace em Bangkok, antiga residência do rei tailandês e da realeza. (Foto: Envato Elements)

Essa é uma viagem de milhares de quilômetros, muitas horas em voos e algumas paradas em aeroportos ao redor do mundo para, enfim, conseguirmos alcançar o nosso destino. Bangkok, em Tailandês Krung Thep, é a capital e o principal porto da Tailândia. É a única cidade cosmopolita em um país de pequenas cidades e vilarejos e é o centro cultural e comercial daquela nação. Devo me antecipar que vale muito a pena conhecer esse local verdadeiramente encantador.

Os tailandeses chamam sua capital de Krung Thep, que é a primeira parte de seu longo nome oficial, que significa “a Cidade dos Deuses, a Grande Cidade, a Residência do Buda de Esmeralda, a Cidade Inexpugnável (de Ayutthaya), do Deus Indra, a Grande Capital do Mundo Dotada de Nove Joias Preciosas, a Cidade Feliz Abundante em Enormes Palácios Reais que se assemelha à Morada Celestial onde Habitam os Deuses reencarnados, uma cidade dada por Indra e Construída por Vishnu Karm“. O nome abreviado Krung Thep é frequentemente traduzido como “Cidade dos Anjos”.

Uma cidade de centenas de templos e uma arquitetura maravilhosa, destino para ficar muitos dias. Vou aqui listar as principais atrações, mas não posso deixar de dizer que existem outras tantas dignas de visita.

Grand Palace

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Localizado no coração de Bangkok, o Grande Palácio foi uma antiga residência do Rei Rama I ao Rei Rama V do Reino de Rattanakosin. Hoje, o local é usado para sediar cerimônias reais e receber convidados do rei, visitantes oficiais do Estado e outros dignitários estrangeiros. É também um lugar onde os restos mortais de reis e membros de alto escalão da família real foram colocados antes da cremação. O grande palácio está dividido em duas zonas principais, que são o Templo do Buda de Esmeralda e a residência Real. Esta última é dividida em três áreas principais: o Tribunal Externo, o Tribunal Intermediário e o Tribunal Interno.

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Neste imenso complexo, inúmeras construções se espalham fazendo uma enorme exposição da arquitetura tailandesa. Templos deslumbrantes, edifícios para guardar cinzas de reis, campanários suntuosos, uma biblioteca e, claro, detalhes incrustados com ouro e pedras preciosas que resultam em muita beleza. Literalmente de tirar o fôlego para quem é apaixonado por arquitetura.

Templo do Buda de Esmeralda

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O Templo do Buda de Esmeralda, ou Wat Phra Kaew, está localizado no terreno do Grande Palácio. É considerado um dos templos budistas mais sagrados do Reino da Tailândia. O templo em si é simplesmente espetacular, assim como a própria estátua de Buda, esculpida em jade verde brilhante.

Antes de fixar residência no Grande Palácio, o Buda de Esmeralda viajou durante séculos pelo sudeste da Ásia, da Índia e Sri Lanka ao Camboja e Laos. Foi um dos tesouros mais importantes do Rei Rama I, que reinou de 1782 a 1809. De fato, quando a capital da Tailândia foi transferida de Ayutthaya para Bangkok, isso foi feito em parte para que esta estátua tivesse um lar permanente.

Wat Arun

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Dos mais de 37 mil templos – ou Wats – em toda a Tailândia, Wat Arun é, sem dúvida, um dos mais emblemáticos. Com 269 pés de altura, uma torre de estilo Khmer, se projeta às margens do rio Chao Phraya, e o complexo do templo é iluminado com um brilho dourado à noite. Este é um dos poucos templos na Tailândia que você pode escalar; depois de subir as escadas íngremes e estreitas, você terá uma excelente vista do rio e do complexo de templos ao redor.

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Wat Arun é uma espécie de complexo triunfante, que remonta ao tempo das antigas batalhas entre o antigo Sião e a Birmânia. Tendo caído nas mãos dos birmaneses, Ayutthaya foi reduzida a escombros e cinzas, mas o general Taksim e os sobreviventes restantes juraram marchar “até que o sol nascesse novamente”, e construir um templo aqui. Wat Arun, o Templo do Amanhecer, era esse templo. É onde o novo rei construiu, mais tarde, o seu palácio real e uma capela privada.

Wat Traimit, o Templo do Buda de Ouro

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Durante a década de 1950, a East Asiatic Company comprou o terreno ao redor do templo. Uma condição da venda foi a remoção de uma estátua de gesso de Buda, mas a estátua provou ser pesada demais para o guindaste usado. O cabo se rompeu e a figura caiu sendo deixada durante a noite naquele local. Acontece que estava na estação chuvosa e quando na manhã seguinte alguns monges passaram, eles notaram um brilho de ouro ressoando através do reboco. O revestimento foi removido, revelando um Buda de 3,5 metros fundido em 5,5 toneladas de ouro maciço.

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Todas as tentativas de rastrear a origem desta estátua inestimável falharam até agora, mas supõe-se que ela data do período Sukhothai, quando invasores saqueadores ameaçavam o país e seus tesouros, e tornou-se prática comum esconder valiosas figuras de Buda sob uma camada de gesso. Ninguém sabe como chegou à Bangkok, mas está lá, disponível para a admiração dos visitantes de todo o mundo.

Jim Thompson House Museum

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Outro local de visita obrigatória é o Jim Thompson House Museum, nomeado em homenagem ao seu proprietário americano, que reviveu a indústria da seda tailandesa. Thompson trabalhou para a Office Strategic Services (OSS) – a precursora da Central Intelligent Agent (CIA) – durante a Segunda Guerra Mundial, estabeleceu-se em Bangkok após o período tumultuoso dos confrontos e começou a enviar seda tailandesa para os Estados Unidos, onde decolou graças à cobertura que teve de revistas como a Vogue.

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Thompson construiu uma casa tailandesa tradicional e a encheu de preciosas antiguidades asiáticas e candelabros europeus, mas desapareceu sem deixar vestígios durante uma viagem à Malásia em 1967. Embora o mistério ainda não tenha sido resolvido, seu legado continua vivo. Você pode passar uma tarde agradável na casa dele, começando com uma visita guiada, ficando para o almoço e fazendo compras na boutique, que vende lindas fronhas, jogos de mesa, roupas, lenços e bolsas – tudo feito de seda tailandesa.

Erawan Museu

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O Erawan Museu chama a atenção pelo enorme elefante de três cabeças feito de bronze, que pesa 250 toneladas, possui 29 metros de altura e 39 metros de comprimento em sua fachada. No seu interior, predominam a delicadeza e a riqueza dos detalhes em suas escadarias nos tons de rosa e branco.

Para quem gosta, assim como eu, ir ao mercado de qualquer país asiático é sempre uma atração à parte. Lugar onde se vê o povo e os costumes mais tradicionais. O mercado de Bangkok não é exceção. Diversidade de produtos, artes inigualáveis, uma gastronomia peculiar e muita barganha são algumas das delícias possíveis de serem vivenciadas.

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