Dezembrite afeta 80% das pessoas economicamente ativas; nem as crianças estão livres da Síndrome do fim de ano

Chegou o fim do ano e com ele a famosa “Dezembrite” (Síndrome do fim de ano), momento em que a mistura de emoções intensas toma conta das pessoas, independentemente da idade. De um lado, as celebrações e o sentimento de encerramento de um ciclo; do outro, a pressão dos projetos não concluídos, a chegada das responsabilidades financeiras do novo ano e a comparação constante com a aparente felicidade alheia gerada pelas redes sociais.
Não é à toa que, segundo a International Stress Management Association (Isma), 80% das pessoas economicamente ativas apresentam níveis elevados de estresse, ansiedade e até depressão nessa época do ano.
E as crianças também podem ser afetadas pelas emoções que ficam mais fortes nesta época, algumas podem sentir tristeza devido a questões familiares, como separações, luto ou dificuldades financeiras, e outras ainda podem sentir ansiedade pela perspectiva de um novo ano escolar.
Essa sobrecarga emocional não só reflete nos dados do Centro de Valorização da Vida (CVV), que registra um aumento de 20% nos atendimentos em dezembro, como também reforça a necessidade de encontrar formas de lidar com a chamada “dezembrite”.
Daí a importância de adotar estratégias para enfrentar os desafios emocionais que o período impõe. Entre as alternativas disponíveis está a acupuntura, técnica milenar reconhecida por promover equilíbrio e bem-estar de forma ampla e integrada. “A acupuntura é uma ferramenta poderosa para equilibrar o corpo e a mente. A prática estimula a produção de neurotransmissores como serotonina, dopamina e endorfina, responsáveis por promover bem-estar e melhorar o estado emocional”, ressalta o fisioterapeuta e acupunturista Diego Bertuol.
O alívio emocional também pode vir com outras atitudes simples como a prática de atividades físicas, escolha de uma alimentação equilibrada, reserva de momentos de autocuidado, estabelecimento de limites, criação de novos hábitos, entre outras coisas.
Já para as crianças os especialistas indicam a criação de um ambiente estável e acolhedor, conversas frequentes, o respeito ao tempo dos pequenos (sem sobrecarga), estimulação de momentos de descontração em família ou com amigos, além dos pais terem mais atenção às atitudes e mudanças drásticas no comportamento infantil.
“As festas de fim de ano podem trazer um acúmulo de expectativas e mudanças na rotina, como viagens, reencontros familiares e até mesmo conflitos. Isso pode gerar ansiedade ou sentimentos de inadequação nas crianças”, explica a pedagoga Taís Guimarães.