Saiba tudo sobre a Le Borô, marca catarinense que vem conquistando o Brasil

L-e  B-o-r-ô. O pronome francês, juntamente com o borô (de borogodó) brasileiro, evidencia o posicionamento de uma marca que tem a essência brasileira e a cultura francesa de um sapato especial – algo que não seja apenas mais um item de consumo, mas sim um estilo de vida.

Tudo começou quando a tia da designer Gabriela Nascimento, Juliana, pediu para a sobrinha criar uma marca. Os primeiros itens foram botas e, com o sucesso, em grande parte devido a qualidade e durabilidade dos itens, a brand foi tomando forma até chegar ao que tem hoje: 25 lojas parceiras para venda, um e-commerce e muitos planos pela frente. 

Desde o início das operações, em abril de 2021, é Gabriela quem faz o design dos sapatos do zero. “Percebi que o mercado brasileiro de sapatos era muito carente. Nossa ideia era criar uma marca com ‘cara de gringa’, não fazemos nada como já existe no Brasil”. A designer também conta que, apesar da marca ser de Joinville, a essência é curitibana.

Se antecipando nas tendências e priorizando o conforto, a Le Borô conseguiu seu diferencial no mercado. Os sapatos muitas vezes têm fila de espera, isso porque o processo é totalmente artesanal – recentemente, a marca fez uma coleção de bolsas em conjunto com a artesã curitibana Silvana Potier. Cada bolsa levou mais de 19 horas para ser concluída. 

O handmade que não sai de moda

A Le Borô, inicialmente, era para ser uma marca de roupas, mas arriscou tudo nos sapatos. Gabriela conta que todo o processo foi pensado para ser orgânico, com matéria-prima e trabalho artesanal 100% brasileiro. “Quanto mais artesanal melhor fica. Fazemos até o acrílico dos sapatos, quase zero maquinário. Tenho um relacionamento com quem trabalha comigo”. A empresa foi na contramão das grandes marcas, não mandando peças para influencers e personalidades divulgarem. “Isso gerou desejo nelas de ter os produtos”, conta Gabriela. 

A designer explica que seu processo criativo vem da inspiração de coisas corriqueiras e não de outras peças de vestuário: “minhas ideias vêm de itens muito aleatórios, de louças a vasos de plantas. Nossos sapatos de margaridas, por exemplo, foram inspirados em uma xícara que vi na Tânia Bulhões”, fala. 

No ano passado, a Le Borô realizou collabs com a paranaense Chaouiche e com a brand de biquínis Gapaz. Quando perguntada sobre o que esperar da marca este ano, a designer conta que não vão rolar colaborações, mas sim o início das operações internacionais.

 “Vamos exportar a marca, quero para pelo menos três países. Em 2022, podem esperar muito brilho e aumento nas vendas em lojas físicas por todo o Brasil. Também já comecei a pilotar um projeto de calçados infantis e algo relacionado ao mercado pet. Eu sempre quis ter uma marca bem posicionada no mercado, então ou você começa com tudo ou fica patinando”, finaliza.