Rosácea: prevenção e tratamentos, por doutora Bettina Sanson
No Sul, observamos muitas pessoas com o rosto avermelhado. É a rosácea, que acomete adultos entre 30 e 50 anos. O quadro é mais frequente em mulheres, porém, nos homens, tende a ser mais grave, evoluindo para rinofima (aumento gradual do nariz por espessamento e dilatação dos folículos). Ela pode, ainda, atingir os olhos, que tornam-se secos e vermelhos.
A rosácea é uma doença vascular inflamatória crônica de causa ainda desconhecida, com remissões e crises constantes se não tratada. Há uma predisposição individual (mais comum em caucasianos e descendentes de europeus), que pode ser familiar, evidenciando uma possível base genética. Há, ainda, forte influência de fatores psicológicos (estresse) e ambientais (bebidas quentes e alcoólicas e frio). Existe também uma relação frequente com dermatite seborreica, enxaqueca, distúrbios gastrointestinais e presença da bactéria Helicobacter pylori, com queixas de gastrite crônica e doença de Parkinson.
Antes que a doença se agrave, deve-se procurar um dermatologista, que avalia o grau, a fase e a pessoa como um todo para indicar o melhor tratamento. Todos os agravantes ou desencadeantes devem ser afastados ou controlados. Os tratamentos com laser Nd-YAG e luz intensa pulsada para remoção dos vasos são excelentes. Para o rinofima, a abordagem pode ser cirurgia, radiofrequência, dermoabrasão ou laser. É muito importante também a consulta e o acompanhamento de um oftalmologista.
E vale enfatizar que o uso de filtros solares cotidianamente é fundamental para o controle da doença e a manutenção dos resultados, pois a radiação ultravioleta é um fator desencadeante e agravante.