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Marca curitibana Reptilia fez estreia na Casa de Criadores com coleção surrealista!

A artista mineira Maria Martins foi personalidade por trás da inspiração da estilista da Reptilia

A emblemática vida da surrealista Maria Martins foi o ponto de partida da coleção de estreia da Reptilia na Casa de Criadores deste ano. A marca autoral de Curitiba traz para a passarela uma estética de historiadora urbana, explorando e questionando o passado e a forma como o espelhamos no presente e para o futuro. O styling do desfile, que aconteceu no dia 4 de julho, foi assinado por Yumi Kurita. A marca recebeu apoio das tecelagens brasileiras Lunelli e Vicunha, e os calçados utilizados na coleção são uma parceria com a Melissa. QUE ORGULHO, HEIN?

A artista mineira Maria Martins, personalidade por trás da inspiração da estilista da Reptilia, Heloisa Strobel, foi a primeira surrealista brasileira e uma mulher à frente de seu tempo. Na primeira metade do século XX, traduzia para suas esculturas, ensaios e pinturas questionamentos sobre raça, nacionalidade, religião e condições sociais, além de defender que a arte seria uma ferramenta de mobilização para combater as guerras do período. “Hoje se faz essencial falar sobre Maria Martins, reverenciar sua obra e sua história. Maria levou para o mundo uma visão do que é Brasil, a partir de uma estética traçada por ela mesma”, conta Heloisa.

A coleção

(Foto: divulgação).

A coleção apresentada por Heloísa seguirá a estética atemporal e sport chic já reconhecida da marca, unindo a silhueta e a versatilidade da mulher contemporânea com alfaiataria tradicional. Formas e referências geométricas e arquitetônicas, mescladas com cores contrastantes e cortadas em tecidos nacionais. “Nossas peças são todas feitas em nosso ateliê e aqui acontece boa parte da criação. Partimos dos materiais para definir a melhor modelagem e disso sai cada peça. Nessa coleção trouxemos uma parte que é bastante estruturada em tecidos planos – seda e algodão – com técnicas de alfaiataria tradicional. E outra em malhas leves e encorpadas, sempre destacando o que é feito aqui no Brasil. Buscamos inovar na construção e nos detalhes”, explica a designer. A cartela de cores navega por tons leves como o lilás, o cru e o caramelo – mas ganha um momento soturno com um bloco inteiro em preto – representando os momentos mais escuros da nossa história.   

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