FASHION MODA

Walério Araújo inverte expectativas em desfile marcante no SPFW N59

Nesta quita-feira (10), na edição N59 do São Paulo Fashion Week, o estilista Walério Araújo transformou a passarela em um manifesto visual sobre identidade, dualidade e liberdade de expressão. Conhecido por sua ousadia e opulência criativa, o estilista apostou no avesso como ponto de partida literal e simbólico para sua nova coleção, que celebra o que se esconde por trás da aparência — e o poder da moda em dar forma a subjetividades.

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Alfaiataria, vinil, fluidez e sensualidade se misturaram em peças que questionam os papéis de gênero. Modelos masculinos surgiram com vestidos estampados, como o que homenageia Márcia Daylin, musa trans de Walério desde o início da carreira. A coleção explorou ainda silhuetas femininas tradicionais reinterpretadas em corpos diversos, revelando como o fetiche e a feminilidade podem coexistir em novos contextos.

(Foto: Ze Takahashi/@agfotosite)

Figuras marcantes na trajetória do estilista também cruzaram a passarela: Maya Mazzafera vestiu um terno com camisa, evocando códigos do vestuário masculino; já a chef Janaína Torres usou uma peça híbrida entre dólmã e vestido estampado, encarnando seu alter ego, Dona Onça.

A coleção mesclou tecidos e texturas — de renda a tafetá, vinil, jersey, veludo alemão e tecidos com estampas exclusivas da Teda Têxtil. O Atelier Masí, de Pernambuco, também assinou materiais em forma de casa-de-abelha. A cartela de cores variou entre preto, nude, roxo e tons avermelhados, além do animal print com a logomarca WA.

(Foto: Marcelo Soubhia/ @agfotosite)

Com uma proposta que convida ao autoconhecimento e à quebra de rótulos, Walério Araújo reafirma sua moda como palco de autenticidade e reinvenção.

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