FASHION MODA

Moda de luxo: como mesclar o clássico e a tendência?

Dominique Sisson afirma que grande trunfo das grifes de alto padrão é o poder de inspirar os novos movimentos

As peças podem até chamar atenção pelos valores, mas acredite: o mercado de moda de luxo está cada vez mais forte entre consumidores e entusiastas do universo fashion, inclusive no Brasil. Por aqui, entre as empresas focadas em consumidores de alto padrão, o marketplace Front Row, especializado em peças de moda de luxo novas e seminovas, se destacou no último ano e registrou um salto de 78% no faturamento em relação ao ano anterior, com o ticket médio das compras crescendo 30% e chegando a R$ 18 mil.

De acordo com a CEO da Front Row, Lilian Marques, a maior procura por peças seminovas e em perfeito estado tem sido um dos grandes atrativos para este público, mas ela faz um destaque especial: o desejo, especialmente de mulheres, em um atendimento mais completo, que vai desde a busca por peças exclusivas até uma curadoria especializada às clientes.

 
 
 
 
 
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“Normalmente, quem nos procura espera encontrar peças que de fato combinem com cada pessoa, a partir dos modelos de roupas e de corpos. Disponibilizamos estilistas parceiras que também auxiliam para que façam bom uso do que as pessoas já possuem no guarda-roupa”, afirma.

Uma das profissionais parceiras da Front Row é a estilista Dominique Sisson, que está há mais de 15 anos neste mercado. Ela explica que a força das grifes de alto padrão pode ser observada em sua influência em segmentos mais populares, como “fast-fashion”, que também segue em ascensão.

“Até o momento, as fast-fashion seguem aquilo que o luxo apresenta. Ou seja, a moda de alto-luxo não segue tendência, ela cria tendências. Por mais que na última década tenhamos visto peças urbanas, “da rua”, subirem as passarelas mais exclusivas, elas só se tornaram populares por serem justamente vistas nas passarelas. Não o contrário. De outro modo, acaba sendo uma moda local, que eventualmente vai morrer como a anterior e as outras antes dela”, diz.

Dominique conta que, quando surge o interesse pela moda de alto padrão, normalmente as pessoas buscam as chamadas peças clássicas, muitas delas raras, o que eleva seus valores. Por isso, ela dá dicas de como combinar essa proposta com as novas tendências.

“Quanto a montar um look com peças desses dois extremos, consigo pensar em duas “receitas”. A primeira: copie um look clássico com apenas uma peça clássica, sendo as outras releituras. Exemplo: calça jeans, camisa e blazer. Pegue uma camisa de corte reto e tricoline e combine com uma calça pantalona de cintura alta (modelo que vai e volta, sempre com pequenas mudanças) e um micro blazer (aquele que acaba no final dos seios, muitas vezes sem fechamento). Para arrematar, um ponto de cor ou de choque: um sapato ou bolsa mega coloridos”, aponta.

A segunda dica, segundo a estilista, é fazer o caminho oposto. “Use um look clássico e jogue uma ou duas peças de moda atual. Usando o mesmo look como exemplo: a calça deve ser reta, com a cintura mais ou menos alta, um pouco abaixo do umbigo. O blazer deve acabar entre o meio e o fim do bumbum, tendo 2 ou 3 botões, além da camisa branca. Aqui, você pode jogar um maxi acessório — um colar de cristais coloridos, por exemplo. Nos pés, diria para colocar uma sapatilha lisa ou com alguma ‘gracinha’ e uma bolsa que chame a atenção e que combine com o colar. Pode ser metalizada, de pelúcia ou super estampada”, finaliza.

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