FASHION MODA

Gravatas femininas: será que a moda pega?

A gravata permeia a moda feminina há décadas, porém, sempre foi rodeada de tabus. Será que agora ela vira tendência?

Poder, empoderamento, liberdade, sex appeal, confiança. É fato que o uso de uma gravata por uma mulher chama a atenção — e já causou inúmeras polêmicas no século passado. 

Das sufragistas dos anos 1920 às estrelas de cinema do século XX, mulheres ousadas destacaram-se na moda pelo uso do “item masculino”. Por exemplo, a atriz de Hollywood Marlene Dietrich causou furor em 1932 quando apareceu no lançamento do filme “The Sign of the Cross” vestindo um terninho feminino. O caso impactou tanto a sociedade que foi parar no congresso americano. O órgão teve que decidir se a sua atitude violava ou não as regras sociais em vigor.

Anos 30: Marlene Dietrich. (Foto: reprodução)
2021: um terno branco, assinado por Carolina Herrera, foi a escolha de Kamala Harris, a primeira mulher da história a ser vice-presidente dos Estados Unidos, em seu primeiro discurso oficial. O terno branco foi uma homenagem clara ao movimento sufragista feminino. (Foto: reprodução)

Porém, a grande mudança de conceito aconteceu nos anos 60, quando Yves Saint Laurent criou o Le Smoking e democratizou o terno feminino — por consequência, a gravata veio junto. 

Gravatas femininas
Le Smoking, de Yves Saint Laurent. (Foto: reprodução)

Assim, no mundo da moda — e com a presença cada vez maior das mulheres no mercado de trabalho — o terninho feminino passou a exprimir uma posição social alta. Ele é o uniforme próprio da autoridade.

Gravatas femininas
A personagem Emily Nelson, interpretada por Blake Lively no filme “A simple favor”, é uma executiva bem-sucedida e empoderada. (Foto: reprodução)

E, por falar em uniforme, quem cresceu nos anos 90 e começo dos anos 2000 com certeza tem na memória as gravatas dos uniformes colegiais, como da novela Rebelde. Hoje, o mesmo estilo pode ser visto no seriado espanhol Elite, da Netflix. 

Gravatas femininas
Elenco da novela Rebelde. (Foto: reprodução)
Gravatas femininas
Série Elite. (Foto: reprodução)

A moda preppy, que vem dos uniformes de escolas preparatórias de elite dos Estados Unidos e Europa, entrou em voga com a Geração Z, que passou a aderir ao estilo old money

Ok, já ficou evidente que o uso de gravatas pelo sexo feminino não é novidade. Porém, em um mundo em que as barreiras de gênero são cada vez menores, as últimas semanas de moda vieram para provar que as gravatas despertaram a atenção do público em 2022. Desfiles de marcas como Louis Vuitton e Gucci trouxeram o item e esbanjaram sofisticação, modernidade e originalidade nas passarelas de Outono/Inverno.

Hoyeon Jung no desfile da Louis Vuitton da Paris Fashion Week. (Foto: reprodução)

Gravatas femininas: 3 tipos para usar e abusar 

Gravata tradicional 

Seja com terno, blazer, camisa ou mesmo camiseta (alô, Avril Lavigne), a gravata clássica é atemporal e traz contemporaneidade para os looks, bem girl boss. 

(Foto: reprodução)

Gravata borboleta 

A gravata no estilo borboleta dá elegância a qualquer roupa. É possível usar de forma mais clássica, como com alfaiataria, ou inovar usando-a no vestido ou com colares.

(Foto: reprodução)

Laço gravata

Esta opção mais romântica é ideal para quem prefere algo mais delicado, e combina extremamente bem com camisas.

(Foto: reprodução)

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