Elis Cardim lança collab com peças de crochê feito de fios de seda descartados pela indústria
Um crochê de luxo, feito de fios de seda em vez de algodão, vem sendo o mote para a marca baiana Elis Cardim conquistar clientes fiéis e apaixonadas, já que o toque da seda deixa vestidos, saias, tops e quimonos com peso, textura e um brilho diferentes, de sofisticação que nada lembra o crochê praiano vendido à beira-mar.
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O melhor, no entanto, é que o crochê da Elis Cardim é também sustentável. Isso porque os fios com os quais tece suas peças nasce a partir de casulos descartados pela exigente indústria da seda tradicional, que precisa de casulos sem nenhum mínimo defeito para produzir o tecido que dará vida a lenços, blusas e vestidos de seda.
Uma das marcas incubadas pela plataforma Nordestesse, que fomenta criadores de arte e moda do nordeste brasileiro, Elis lançou sua marca em 2018 e, desde a fundação, trabalha em parceria com a Casulo Feliz, empresa paranaense que fornece o fio sustentável vindo de Maringá, numa região conhecida nacionalmente pelo cultivo do bicho-da-seda.
Além de reaproveitados, os fios de seda de Elis têm tingimento natural. Os corantes são retirados de plantas (aroeira, cebola, erva-mate, café) e o processo artesanal utiliza apenas água, calor, sal e vinagre.
Para sua primeira coleção com a Pinga, que será lançada em 28 de maio, a baiana mescla os fios tratados com outros chamados de primitivos, cuja aparência irregular forma texturas únicas. São blazers, vestidos, camisas, calças, saias que mesclam o fio primitivo com o liso e o blend de seda com viscose reciclada, tingidos com casca de cebola, eucalipto, erva-mate, café e casca de pinhão.