FASHION

Maquiagem livre de censuras: sem regras para se expressar

A maquiagem como forma de expressão tem muita força

Eu amo minha profissão, especialmente porque, com ela, aprendi a respeitar cada indivíduo como único em sua beleza – e entender que a necessidade de uma maquiagem livre de censuras. E, para chegar a essa à essência, é fundamental ter a clareza sobre a diferença entre diversidade e representatividade. Muitas pessoas pensam que esses conceitos têm a mesma definição, mas na verdade, eles são complementares.

Representatividade é sobre quando somos capazes de nos reconhecer em algo, dando visibilidade às diferenças. Já na diversidade, as pessoas são incluídas em diferentes organizações, refletindo a pluralidade da realidade social. Com o meu trabalho de maquiador, pude vivenciar essas experiências na prática. Viajei por muitos lugares do Brasil e do mundo e, por isso, pude conhecer pessoas de diferentes origens e etnias. Isso me fez ver a diversidade de gostos, ideias e, principalmente, de possibilidades para makes.

Hoje, vemos nas tendências de moda, na publicidade e na vida real que as marcas e os consumidores estão se abrindo cada vez mais para o novo e para o diferente. Essa busca flexibiliza — ou praticamente exclui — as regras (e mostra o poder da maquiagem livre de censuras). Assim, passamos a trocar o “não pode” por aquilo que faz a gente se sentir melhor, mais bonito, respeitando o nosso próprio estilo e a nossa individualidade. Um dos exemplos que amo é a modelo Winnie Harlow, que, em um dos seus últimos trabalhos, representou a icônica Marilyn Monroe.

Winnie também tem uma coleção de maquiagem junto à linha da empresária Kim Kardashian. Para mim, a maquiagem não tem regra. Ela é uma forma de expressão na qual todos, sejam asiáticos, negros, caucasianos, homens ou mulheres, podem usar, sem medo, quaisquer recursos que realcem o que cada um tem de mais belo.

*Coluna originalmente publicada na edição 231 na revista TOPVIEW.

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