Já ouviu falar em drug delivery?
É uma técnica que é usada para facilitar a entrada e penetração de ativos tanto no rosto como no corpo. Isso reduz o tempo necessário para o surgimento do início dos resultados, bem como o número de sessões necessárias para o tratamento em questão. A camada córnea é a camada que impermeabiliza a pele, e forma uma barreira limitante para essa penetração de ativos. Quando queremos que as moléculas terapêuticas sejam entregues nas camadas mais profundas, usamos uma técnica de microperfuração.
Para vencer essa barreira, geralmente os ativos são usados de maneira concentrada. Todo equipamento que promova a perda da integridade da pele pode agir como um drug delivery. A eficiência depende da profundidade de penetração e da formação de coagulação ou não ao redor do canal. Os métodos são os laser fracionados, microagulhamentos (associados a radiofrequência, mais efetivos, ou na forma de uma caneta elétrica com agulinhas, ou ainda por rolinhos cheio de agulhas). Quando usamos as canetas elétricas ou os rolinhos, conseguimos tratar cabelo com ativos associados a fatores de crescimento.
Quando o assunto é poros, podem ser usados ácidos. Nos casos de clareamento, associamos ácido tranexâmico, vitamina C e outros clareadores. Quando pensamos em estrias, cicatrizes de acne, rejuvenescimento, tratamento de linhas de expressão (rugas) e olheiras, os melhores resultados dos drug deliverys são os lasers fracionados e as radiofrequências microagulhadas, porque além de facilitar a permeação dos ativos, eles são potencializados, porque essas últimas técnicas têm o dano térmico, que potencializam e muito a formação do novo colágeno e seu remodelamento.
O sucesso da técnica também depende muito de alguns segredinhos, como a aplicação nos primeiros 10 minutos após a abertura do pertuito. Caso contrário, já ocorreu a coagulação e o ativo não penetra. Além disso, a escolha dos ativos, o veículo em que ele é aplicado, a avaliação correta e a associação das técnicas feitas por escolhas personalizadas trazem os melhores resultados.
*Coluna originalmente publicada na edição #240 da revista TOPVIEW.