FASHION MODA

Evento ‘Metaverse Fashion Week’ reúne desfiles no metaverso

Não é suficiente termos apenas semanas de moda no mundo físico. Agora temos uma virtual também!

Entre os dias 24 a 27 de março de 2022 acontecerá o Metaverse Fashion Week. No final de 2021, um terreno virtual, na Decentraland, para eventos de moda foi vendo por mais de R$ 13 milhões e, neste mês a plataforma – que possibilita a negociação de ativos e pacotes imobiliários digitais  além de outros tipos de interações, que incluem jogos, exposições de artes e lojas – promove a primeira semana de moda no metaverso.

A Metaverse Fashion Week também conta com a organização da UNXD, marketplace de luxo responsável por desenvolver NFTs, incluindo uma coleção de tokens exclusiva da Dolce & Gabbana, apresentada em setembro e vendida por US$ 5,7 milhões.

Este não é o primeiro evento sediado na plataforma, que já chegou a realizar um show com 40 mil pessoas conectadas. A Decentraland também tem mostrado interesse em se aprofundar no mundo da moda com outras iniciativas, mas a semana de moda digital funcionará como um teste para as marcas experimentarem com as tecnologias da plataforma e as possibilidades desse novo mercado.

Por ser a primeira edição, muitos questionamentos ficam no ar sobre o seu funcionamento. Conheça alguns detalhes abaixo do que esperar do evento e em que pontos prestar atenção durante sua realização:

Como será o evento?

Os quatro dias de Metaverse Fashion Week serão marcados por desfiles, showrooms, lojas, palestras e outros eventos virtuais. Até o momento, apenas a Dolce & Gabbana já foi confirmada como participante, mas há fortes rumores de que Burberry, Hugo Boss, Balenciaga, Paco Rabanne e Tommy Hilfiger farão parte do line-up.

Itens compráveis e vestíveis no metaverso, as chamadas skins, serão apresentadas e vendidas ao longo do evento. Também existe a possibilidade das marcas replicarem alguns modelos no mundo físico – este é um dos tópicos que gera maior curiosidade, como as marcas integrarão o virtual ao físico. Além de assistirem aos desfiles virtuais, os participantes terão acesso a sessões de música ao vivo.

A criação deste tipo de evento no metaverso possibilita que peças sejam criadas com materiais nunca imaginados no mundo real, que desfiles ganhem novos cenários inesperados e a ampliação dos limites existentes na organização de um fashion show. A atmosfera será única, pode apostar.

Como participar

Qualquer um pode participar do evento, basta acessar a plataforma, a partir do site do Decentraland, pelo computador, usando Google Chrome, Firefox ou Brave. Para ter uma experiência completa, é necessário ter uma carteira digital Ethereum, que serve como uma conta pessoal e permite que os usuários comprem os wearables.

Para facilitar o acesso, a plataforma criou um FAQ (espaço que responde perguntas feitas com frequência) com todas as informações necessárias para auxiliar os usuários e os anúncios de eventos.

Questionamentos

Por ser uma primeira versão do evento, existem muitos questionamentos sobre o funcionamento e desdobramentos da Metaverse Fashion Week – o que destaca pontos que valem a pena analisar durante as apresentações. Uma das discussões é o fato de que a experiência virtual nem sempre é igual ao mundo real, o que pode gerar desinteresse e, num primeiro momento, falta de retorno dos investimentos de quem optou por esse modelo de apresentação.

Além disso, quando você participa de um evento presencial, os contratempos são iguais para todos que estão lá. Ao passo que, em programações virtuais, cada um pode ter sua experiência comprometida em virtudes de situações alheias, como conexão, computador usado e o ambiente em que se encontra.

Mas as maiores discussões são sobre como este tipo de evento impactará o pequeno produtor. Apesar de não apresentar números, sabemos que a quantidade de tecnologia necessária para adaptar uma coleção ao metaverso, o que exige um investimento grande. Apesar do mundo digital democratizar muitas situações, como a liberdade de expressão ou a possibilidade de assistir a um desfile sem precisar de um convite, adaptar-se às novas demandas do mercado são possíveis apenas aos grandes players.

Outro fator é que, apesar de os eventos serem abertos ao público – lembrando que apenas para pessoas que tenham acesso à internet -, marcas já buscam maneiras de monetizar convites, acessos VIP e lugares na primeira fila.

É tudo muito novo e incerto, mas necessário. A pandemia foi um fator de aceleração da implementação deste tipo de produções de moda, mas só saberemos os resultados ao participar. Por isso, aguardaremos o próximo dia 24.


(Via: Harpers Bazaar)

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