FASHION

Estilista explica sobre Slow Fashion e sua importância no cenário atual

Para Nathalie Serafin, CEO da plataforma de marketplace Thirty Seven Trend, esse é o caminho para um mundo mais sustentável

Ter um olhar empático e consciente sobre o mundo e a forma como nos relacionamos é, cada vez mais, imprescindível. Devemos ter cuidado com nossa pegada ecológica e fazer a diferença em todos os setores possíveis. Por isso, diversos movimentos que propõem uma nova forma de se relacionar com o mundo, com as pessoas e com o consumo vêm ganhando relevância. slow fashion é um deles.

 “O termo foi criado em Londres, por Angela Murrills, e abrange todo modelo de produção que valoriza um trabalho ético e que vai contra o consumo impulsivo, de fabricação em massa”, explica Nathalie Serafin, estilista e CEO da Thirty Seven Trend, marketplace de consumo consciente, voltado inteiramente para marcas que pregam o slow.

Visando promover marcas brasileiras que seguem essa filosofia, a Thirty Seven Trend oferece ao mercado produtos produzidos por empresas que trabalham de forma ética, sustentável e slow. Atualmente, o marketplace de moda e moda casa apresenta mais de 25 marcas artesanais, contribuindo para uma moda mais consciente. “A Thirty Seven Trend vem para conectar os pequenos produtores, artesãos e pequenas marcas com pessoas que buscam consumir produtos mais transparentes, sem exploração de mão de obra e com matérias primas ecológicas”, afirma a empreendedora.

Escultura Lia Lordelo, bolsa Studio Sapê, colar Novi. (Foto: divulgação).

Segundo Nathalie, a prática do slow fashion traz um olhar mais sustentável para a indústria da moda, tida como uma das mais poluidoras do mundo.“O fast fashion nos condicionou a sentir necessidade de ter novidades o tempo inteiro, como se cada peça fosse algo descartável e rapidamente desinteressante – algo insustentável e que deve ser repensado e questionado”, aponta.

A marca Grão, com produtos a venda na Thirty Seven Trend, é um bom exemplo de empresas que vão na contramão, buscando um trabalho que resgata técnicas artesanais, dando um valor único para as peças. Cearense, utiliza pigmentação com plantas da flora brasileira e tecidos biodegradáveis. O corante natural é produzido de maneira manual e atóxica, sem gerar danos ao meio ambiente.

A Mudha, por sua vez, mostra que sofisticação pode andar de mãos dadas com responsabilidade socioambiental! Suas peças são veganas, com produção justa e local. Para os pés, a Flats é outra marca slow fashion, com sapatos produzidos artesanalmente e em pequenas quantidades. Suas peças são criadas cuidadosamente para durar, inspirar e atravessar modismos.

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