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Lifting facial: como reposicionar os músculos pode trazer melhores resultados nos procedimentos faciais

Estudo científico comparou de forma objetiva o resultado de três técnicas diferentes de lifting facial. O tratamento profundo que manuseia até o SMAS, camada muscular, conferindo resultados mais harmônicos e duradouros

Há algumas décadas, não era incomum perceber que pessoas que fizeram lifting facial tinham resultados artificiais, de forma que a pele do rosto ficava esticada demais. Mas agora muita coisa mudou, como constata um novo estudo do principal periódico da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos, o Plastic and Reconstructive Surgery.

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“O lifting facial, que anteriormente atingia apenas a camada de pele do rosto, esticando o tecido flácido, mas promovendo resultados artificiais, plastificados e estigmatizados, agora tem uma nova técnica que se chama Deep Plane Facelift, que reposiciona até os músculos da face, com resultados melhores e mais duradouros segundo o estudo”, diz o Dr. Paolo Rubez, cirurgião plástico, membro da BAPS (Brazilian Association of Plastic Surgeons) e da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS).

O estudo comparou três técnicas diferentes. A primeira delas corresponde ao que era feito no passado, quando o lifting era realizado apenas através de uma tração na pele, sem nenhum tratamento mais profundo. “A segunda técnica, ainda bastante usada, é chamada de Plicatura, que trata estruturas profundas, mas de forma menos invasiva e apenas através de pontos. A terceira e última técnica, chamada de Retalho de SMAS (Sistema Músculo Aponeurótico Superficial) é mais moderna e promove o reposicionamento das estruturas profundas de forma mais eficaz”, explica o Dr. Paolo Rubez.

Como resultado, que já era esperado pelo médico, o Retalho de SMAS foi a técnica que melhor tratou as alterações da face. “Esse estudo veio corroborar o que temos visto como prática clínica. Essa técnica permite um rejuvenescimento muito grande e natural para o rosto, pois trata de forma pontual todas as suas camadas que apresentam envelhecimento. Outro ponto importante é que o resultado se mantém por mais tempo já que o rosto foi tratado de maneira global. O envelhecimento ocorre de forma global no rosto atingindo todas as camadas, e esta cirurgia faz o tratamento de todas elas, com exceção do osso. A cirurgia é feita através de incisões ao redor da orelha e abaixo do queixo de forma que as cicatrizes ficam muito pouco visíveis após alguns meses. Ela dura em torno de 5 a 6 horas e é realizada em ambiente hospitalar para segurança do paciente. A anestesia é geral e o paciente deve permanecer no hospital por 1 dia”, detalha o Dr. Paolo Rubez. “As técnicas de lifting facial passaram por grande evolução nos últimos anos, permitindo resultados mais naturais, duradouros e com cicatrizes melhores. Sobretudo com as técnicas de Retalho de SMAS, como o Deep Plane Facelift e a High SMAS”, destaca o médico.

Com relação ao pré-operatório, o médico diz que o paciente deve estar em boas condições clínicas e não deve fazer uso de medicamentos que aumentam o sangramento, próximo à cirurgia, como aspirina e anti-inflamatórios. “No pós-operatório, é normal apresentar inchaço e rouxidão na face que melhoram em torno de 2 a 3 semanas. Não é comum que haja dor após a cirurgia. O paciente deve permanecer em repouso relativo por 2 a 3 semanas e afastado de atividades físicas por 30 dias. Além disso deve evitar sol por no mínimo 3 meses. É fundamental que o procedimento seja realizado por um cirurgião plástico especializado”, finaliza.

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