Com alma e ciência: o olhar ampliado da Dra. Ana Carolina Chociai para ressignificar o belo

Existem profissionais executam o trabalho com excelência. E há aqueles que, além das ações, pensam, sentem e ressignificam o próprio ofício. A Dra. Ana Carolina Chociai pertence ao segundo grupo. Nessa perspectiva, desde cedo, ela percebeu que a cirurgia plástica pode ser reparadora no corpo e também na percepção que o paciente tem sobre si.

“Os pacientes operavam e seguiam envelhecendo. Pensei: não é possível que o cirurgião seja apenas um alfaiate da pele”, comenta. Esse tipo de pensamento a levou a estudar fisiologia, colágeno, envelhecimento celular e tecnologia e integrar isso à sua prática profissional. Um caminho que a transformou em referência em cirurgia plástica minimamente invasiva com reconhecimento internacional. “As coisas aconteceram de forma orgânica, como desdobramento de um trabalho feito com a alma”, observa.

Hoje, sua clínica, a Chociai, que acaba de inaugurar uma segunda unidade, reflete esse olhar ampliado. No local, a cirurgia plástica convive com ciência, arte e tecnologia. Ali, na prática clínica, ela acompanha histórias de vidas entrelaçadas, como a de mães e filhas. Uma rede de confiança que se estende por gerações.

“Não se trata de pausar o tempo, mas deixá-lo fluir com leveza, com dignidade, com beleza. De maneira tranquila e consciente. É um privilégio gerenciar o envelhecimento de gerações.”

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Ideias em movimento e inspiração da avó

A inquietude da Dra. Ana Carolina também se manifesta no seu amor pela filosofia. Leitora assídua de textos clássicos, ela costuma estabelecer conexões entre os conceitos de beleza antigos e a estética atual. “Me interesso pelo arquétipo da beleza, a ideia platônica do ‘belo verdadeiro’. Aquilo que está além da aparência, que se sustenta na harmonia e na essência. Os artistas do Renascimento tinham essa busca. E isso me inspira.”

Além da literatura, ela costuma conciliar atividades como mergulhar, pintar e desenhar no tempo livre. Atividades que, direta e indiretamente, acabam influenciando no campo profissional. “A medicina, do jeito que eu vivo, é um estilo de vida. E quem trabalha com tecnologia precisa se atualizar todos os dias. Mas, quando posso parar, gosto de estudar questões mais profundas. Isso também se reflete no que faço.”

Como inspiração principal, a médica cita a avó, que se tornou viúva com apenas 40 anos e criou os filhos sozinha, além de desenvolver uma carreira profissional intensa e bem-sucedida. Mas a Dra. Ana Carolina também reverencia as médicas do passado, mulheres muitas vezes silenciadas, que abriram caminho para outras tantas.

“O que me motiva a ser melhor é a certeza de que teremos um mundo melhor, com pessoas mais conscientes. Precisamos evoluir todos os dias. Isso nem é mais uma questão de motivação, é quase uma obrigação. A vida é ação. Não podemos ficar na inércia”, arremata.

Lifestyle de Ana Carolina

Hobby preferido: mergulho
Livro de cabeceira: Bhagavad Gita
Série do coração: Big Bang Theory
Filme favorito: A Origem
Prato preferido: Bife à milanesa da avó
Bebida preferida: Negroni

*Matéria originalmente publicada na edição #302 da TOPVIEW.