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Dupla jornada: como conciliar família e trabalho

Uma vida entre viagens para lançar coleções e (muito) tempo para aproveitar em família

Busco sempre o equilíbrio em tudo o que faço. Há dez anos, precisei entender essa necessidade com o nascimento da minha primeira filha e enfrentar uma dupla jornada. A primeira mudança foi a maturidade que adquiri com a maternidade, além da necessidade de organizar meu tempo.

Aí pode surgir um dilema: como dividir a rotina entre as viagens de lançamento de coleções pelo Brasil — e pelo mundo — com um tempo para aproveitar em família? Aprendi a me organizar melhor, a otimizar meu tempo e a delegar tarefas e essas mudanças refletiram de forma direta e positiva no âmbito profissional.

Hoje, com dois filhos — um casal — consigo mesclar melhor a vida pessoal e a profissional. Acaba sendo tudo junto e misturado! Trabalho com meu marido, as crianças frequentam bastante as lojas e minha filha está sempre me ajudando a escolher temas para as novas coleções. Acho uma delícia essa história que estamos construindo juntos! Mas vale lembrar a primeira frase desta coluna: a dupla jornada precisa equilíbrio sempre!

Já tive momentos em que abri mão de compromissos familiares por conta de uma viagem a trabalho, assim como tive que deixar de ir em um evento bacana por conta das crianças. Faz parte! Amo ser mãe e passar o exemplo do meu trabalho e da minha dedicação às crianças. Mas também amo meu trabalho. Não tenho nenhum peso ou culpa por ser uma mãe que trabalha e que, de vez em quando, tem que estar longe. Sempre estou presente e sou intensa no convívio com a família. Não posso deixar de citar meu marido, que está junto comigo em todos os momentos — pessoais e profissionais. É muito bom ter esse companheirismo, que ajuda a deixar tudo leve. É claro que a disposição não é a mesma.

Me reinventei na vida social, mas, quando tenho tempo livre, é com meus filhos que prefiro estar. Aos poucos, fui compreendendo que não sou a “mulher maravilha” e que não dá para abraçar tudo sozinha. Vivo o melhor dos dois mundos! 

*Coluna originalmente publicada na edição 231 da revista TOPVIEW.

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