Dior Cruise 2022 celebra conexão atlética e a liberdade na Grécia
A diretora de criação Maria Grazia Chiuri decidiu apresentar a coleção de cruise 2022 da Dior em Atenas, na Grécia. A inspiração surgiu a partir de uma série de fotografias de uma das coleções de alta-costura de Monsieur Dior, perto do Parthenon, em 1951. Além disso, a diretora também sentiu a necessidade de dar voz a liberdade, após o confinamento da pandemia: “Estou interessada em roupas como uma forma de dar liberdade de movimento”, disse ela em uma videochamada de Atenas.
“As mulheres querem liberdade, especialmente depois desse longo bloqueio. É isso que desejamos: mover nossos corpos. ”
A escolha da locação foi o Estádio Panatenaico – também conhecido como Calimármaro – um berço dos esportes da nossa civilização. O local era onde os gregos se exercitavam e competiam desde os anos 300 A.C e essa conexão atlética é um dos grandes pontos da coleção 2022 da Dior.
Na pista, uma fila imensa de modelos desfilaram looks que combinavam trajes e elementos tradicionais da cultura helênica com tecidos e modelagens comumente vistas em uniformes esportivos. Alguns dos elementos eram conhecidos, como o colete de esgrima – presente desde a estreia de Chiuri na maison, em 2016 – as bolsas de academia e as alças largas. A novidade fica por conta do tratamento nos materiais, na construção e modelagem.
“Eu venho de Roma , não se esqueça. À minha volta, a referência da Grécia está em toda parte, em cada estátua. É a minha experiência”, disse a diretora.
Movimento e Liberdade
A designer da Dior re-energizou a construção da Bar Jacket, do New Look, com fabricação técnica, elevou o atletismo com a alta costura e entregou os seus holofotes aos antigos peplos – um tipo de vestido grego – para uma versão moderna. Quase transparente, cheio de plissados, só que arrematados com tênis. A coleção era um estudo do guarda-roupa contemporâneo a partir de propostas não clichês da história antiga.
“Grécia e Atenas têm uma grande história. Tive que estudar muito. Nesse caso, foi muito difícil porque a referência da cultura grega é mesmo a referência do Ocidente. Quando você olha para ele agora, é completamente diferente de quando eu estava estudando a cultura grega na escola”, refletiu.
Para trabalhar na coleção, Chiuri recrutou vários artesãos locais. Os bonés de pescador foram criados pelo Atelier Tsalavoutas, fornecedor dos verdadeiros pescadores de Hydra, enquanto o alfaiate Aristeidis Tzonevraki confeccionou uma Book Tote e uma Bar Jacket por meio de seu método de bordado exclusivo. A artista Christiana Soulou desenhou sete figuras femininas da mitologia grega, que Chiuri imortalizou em jacquards nas dobras dos vestidos. A musicista grega Ioanna Gika leu um poema durante o show.