Coluna Ana Clara Garmendia, janeiro de 2018
O ano de 2017 foi bem complicadinho para quem gosta de moda. O projeto era que tudo seria lindo, mas não foi. Estar na moda tem um significado muito pejorativo dependendo de onde se vive e vamos combinar que, para o Brasil, passou a ser um peso falar nisso, com tantos problemas mais urgentes. Mas, mesmo assim, falamos. Eu falei, você falou, eles falaram e as desordens e contradições acabaram se acumulando e criando uma moda mais ligada ao que é real ou dele completamente desconectada. Por isso, a gente fechou o ano sabendo que usar peças esportivas misturadas às mais elegantes vai ser muito moda. Eu acho maravilhoso, tira você do esnobismo visual. Te coloca em um patamar mais pop e mais jovem e tudo o que é mais novo (mesmo não sendo, porque na moda nada é) refresca a tua aparência. Outro ponto importante: o conforto. Roupas que vistam bem e que você possa realmente usar incansavelmente. You know… “aparente menos e ganhe seguidores mais fiéis”. Bobagem! A vida e a moda são uma mistura de tudo o que existe e toda essa conversa serve para dizer que o boné é o chapéu da vez. A bota é a prateada. O Reebok volta com tudo. E a Chanel nunca esteve tão bacana. E, ainda, serve para ressaltar que as coleções Resort, como a da midiatizada Gucci, vêm com força nos joggings cheios de logos antigas, bem no estilo retrô anos 1970. É para vender! Não existe sonho nessa realidade. A questão é monetária. Escolha onde cabe o seu poder de compra e entre na moda de 2018 sendo cafona, cool, chique, desligado e não esqueça que tudo o que você veste mostra quem você é. Neste ano, seguimos com a nossa doce fantasia de brincar de se vestir como se não houvesse nada mais importante que isso. Gros bisous e um #SALVE para #2018!