FASHION

Coluna Ana Clara Garmedia, junho de 2016

Entrevistando Renata Zandonadi, modelo da grife Carolina Herrera

Bati um papo com a top paranaense 

Fala um pouco da sua origem.
Tenho 29 anos, sou de Ponta Grossa (PR). Me formei em Agronomia. Meu pai é engenheiro agrônomo, pioneiro da cultura do algodoeiro no estado do Mato Grosso, e eu resolvi seguir o mesmo caminho.

Primeiro contato com a moda.
Foi em 2004-2008 quando desfilava no Crystal Fashion. Era apenas um hobby. Em 2007, passei as férias de verão em Cingapura modelando por três meses. Trabalhei muito lá, eles achavam que eu tinha um “look asiático” ou mestiço. Amei. Me dei conta da tamanha oportunidade de poder conhecer e absorver culturas novas.

Quando foi morar fora do Brasil?
Logo após me formar, voltei a Cingapura, morei em Hong Kong, Atenas, Milão e Paris. Ah, Paris. Seu charme me conquistou. Ainda lembro como meus olhos brilhavam (e ainda brilham)… Trabalhei durante um ano para casas francesas como Azzedine Alaia (meu favorito de sempre), Lanvin, Dior, Chloé, Givenchy, Balenciaga, Jean Paul Gaultier e Marc Jacobs. Resolvi estudar moda no Instituto Marangoni. Estagiei com o Giambattista Valli, onde aprendi e amadureci muito. Ele é um gênio.

Como foi a transferência de Paris para Nova York?
Conheci a equipe da Carolina Herrera. Paixão recíproca à primeira vista. Fui convidada para mudar para lá e trabalhar como modelo da casa. O timing era perfeito e, afinal, minha aventura não poderia ser completa sem Nova York. Esta é a cidade que me fez sentir realmente em casa.

Você tem exclusividade com a grife Carolina Herrera?
Não. Já trabalhei para outros designers como Calvin Klein, Oscar de La Renta, Zac Posen, Derek Lam, Naeem Khan, entre outros clientes como Stuart Weitzman, Saks e Hanes. Ah, estou na Vogue Japão do mês de maio – um editorial belíssimo fotografado no Quênia.

O que é estar bem vestida e ser elegante?
Na minha opinião, estar bem vestida é ser simplesmente você. Elegância não é definida apenas pelo que você veste. É como você se porta, como fala, seus valores e humor.

Três peças que mais deseja neste momento?
Celine Box Bag, tênis da Common Project prateado, maiô e tudo mais da Lisa Marie Fernandez (afinal, o verão está chegando e eu não vejo a hora de pisar na areia). Uma cena de vida perfeita. Realização profissional combinada a uma família unida, amigos fiéis, saúde e equilíbrio. Resumindo, minha vida no momento.

Já sofreu discriminação por ser mulher e bonita?
Não. Meu tipo físico sempre abriu portas. O mundo da moda, no entanto, é um mundo discriminativo pelo fato de ser um “julgador da beleza”.

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