Collab histórica entre Gucci e Balenciaga é real!
Nesta quinta-feira (15), Gucci e Balenciaga estrearam sua nova collab, durante o desfile em vídeo da nova coleção Aria da marca italiana. Os rumores de uma parceria entre as duas grifes de luxo tomaram a internet no início da semana, mas até então, as marcas do grupo Kering não tinham se pronunciado sobre o boato.
A Gucci, comandada pelo diretor criativo Alessandro Michele, revelou sua coleção de 100 anos no início desta manhã. Além do logotipo da marca, os looks também trazem o nome da Balenciaga, uma colaboração que, de acordo com o Michele, é mais uma “contaminação mútua” ou “hackeamento” entre as duas casas.
Além da silhueta da Balenciaga, emprestada e concebida pelo próprio Demna, o italiano foi buscar referências em outras criações da Gucci, como as de Tom Ford, a quem ele chamou de gênio. “Roubei o rigor não-conformista de Demna Gvasalia e a tensão sexual de Tom Ford”, disse Michele.
O olhar da Gucci para o passado com os desejos de um novo futuro faz sentido. Em 2021, a marca celebra cem anos de história. O diretor criativo resumiu, com frases muito bem escolhidas, o desfile de 94 looks:
“Me dediquei às implicações antropológicas daquilo que brilha, trabalhando com o brilho dos tecidos. Celebrei o universo equestre da Gucci, transfigurando ele em uma cosmogonia fetichista. Sublimei a silhueta de Marilyn Monroe e o antigo glamour de Hollywood. Por fim, sabotei o charme discreto da burguesia e os códigos da alfaiataria masculina.”
“Eu queria algo que pudesse ser compreendido por todos, então escolhi o formato mais popular da moda: a passarela”, disse Michele, descrevendo um filme dirigido por Floria Sigismondi que imaginava um clube secreto equipado com uma passarela forrada com câmeras vintage. Casacos de tela de monograma com couro referenciam o início da casa. Jaquetas, botas e capacetes celebravam as raízes equestres de Gucci.
O diretor criativo da Gucci prestou homenagem a Tom Ford com uma série de ternos – que lembraram a alfaiataria do ex-chefe da marca – estilizados com roupas de “fetiche” que evocam a cultura altamente erótica que o Ford criou na Gucci.
“Tom foi o primeiro a perceber que Gucci tinha esse poder de culto: o poder dos símbolos, uma espécie de magnetismo, o poder de um lugar que descrevo como um clube”, disse Michele.
Em seu imaginário, Michele explicou: “As pessoas fazem amor com os objetos da moda. A moda carrega amor, sensualidade e muitas outras coisas porque somos apaixonados. ” Essas ideias nunca foram mais expressas do que através da logomania de nosso tempo.
Para encerrar, o filme da Gucci terminou em um sentimento de êxtase, ambientado em um Jardim do Éden. O final evocou a originalidade de Michele e traduziu o seu legado pessoal com a afirmação da liberdade de identidade e sexualidade. “A festa é o planeta. Esta é a festa que queremos assistir ”, disse. “Para mim não é apenas um filme, é o amanhecer de algo novo. Acho que nos encontraremos novamente em um novo lugar. ”.