O encontro de beleza e saúde mental
Nos últimos anos, tenho refletido cada vez mais sobre a forma como a medicina estética pode — e deve — dialogar com a saúde mental. A busca pela beleza não é apenas uma questão de aparência, mas de bem-estar, autopercepção e equilíbrio emocional. Afinal, quando falamos de autoestima, não podemos separar o corpo da mente.
É nesse contexto que chega ao Brasil o Exomind, uma tecnologia que se consolidou nos Estados Unidos e na Europa. Trata-se de uma forma de Estimulação Magnética Transcraniana (TMS), não invasiva, aplicada em protocolos rápidos, que tem demonstrado impacto positivo em condições como depressão, ansiedade e até compulsão alimentar.

O tema ganhou espaço em veículos internacionais de prestígio. O Los Angeles Times descreveu o Exomind como “uma alternativa sem medicamentos, baseada em evidências clínicas, capaz de aliviar sintomas de depressão e ansiedade em poucos minutos de aplicação”. Já o New York Post destacou relatos de pacientes que, após algumas sessões, “recuperaram clareza mental e energia para atividades cotidianas”, sem os efeitos colaterais comuns a muitas terapias farmacológicas.
Esses relatos não são isolados. A médica de família Dra. Georgine Nanos, diretora da clínica Kind Health, na Califórnia, relatou em entrevista: “O Exomind é mais do que um dispositivo. É uma revolução na forma como abordamos a saúde mental. Tivemos pacientes que, após anos de tratamentos tradicionais, sentiram como se uma luz tivesse sido acesa novamente em suas vidas.”
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O impacto além da clínica
O surgimento do Exomind levanta uma questão inevitável: será o fim da terapia e dos remédios? Minha resposta é não. A psicoterapia e os tratamentos farmacológicos têm papéis fundamentais que não devem ser substituídos. O que estamos vivendo é a chegada de uma nova ferramenta, que amplia o leque de possibilidades. Um recurso capaz de acelerar resultados, oferecer alternativas para quem não se adapta aos medicamentos e integrar-se a um modelo de cuidado mais holístico.
Não por acaso, o mercado global de bem-estar mental e wellness cresce de forma acelerada. Condições como depressão, ansiedade, compulsões e o próprio burnout já são reconhecidas pela
Organização Mundial da Saúde como desafios de impacto mundial. E não se trata apenas de sintomas invisíveis: o corpo fala. Alterações emocionais refletem-se diretamente na pele, nos cabelos e até no ritmo de envelhecimento, manifestando-se em queda capilar, acne, inflamações e perda do viço natural. É por isso que não podemos mais dissociar a beleza da saúde mental. Um olhar global sobre o ser humano — que considere tanto a mente quanto o corpo — traz resultados mais consistentes e duradouros.

Tecnologias como o Exomind representam esse novo paradigma: tratar o equilíbrio emocional e, ao mesmo tempo, potencializar o bem-estar estético e a qualidade de vida.
O privilégio do pioneirismo
No Brasil, apenas 20 clínicas foram selecionadas para receber o Exomind em sua primeira fase. É com orgulho que afirmo que a Clínica Nautilus faz parte desse seleto grupo. Para nós, esse pioneirismo não é apenas motivo de prestígio, mas, sobretudo, de responsabilidade.
Como médico, vejo no Exomind uma oportunidade de consolidar uma medicina estética mais completa, que não se limita ao visível, mas se estende àquilo que sustenta a beleza em sua forma mais genuína: a mente equilibrada.
Estamos diante de uma mudança de paradigma. Não se trata de substituir práticas consagradas, mas de integrar ciência, tecnologia e humanidade em um mesmo caminho. É esse olhar — amplo, inovador e responsável — que me guia e que desejo compartilhar com todos os que confiam em nosso trabalho.
*Matéria originalmente publicada na edição #304 da TOPVIEW.