Banco de colágeno: a nova moda dos consultórios
Afinal de contas, o que é essa nova onda dos consultórios médicos chamada banco de colágeno?
A partir dos 30 anos, as fibras de colágeno e elastina vão deixando de ser produzidas e, além dessa queda na produção, elas se desorganizam e são gradativamente degradadas. Isso ocorre por conta de uma renovação celular irregular e alterações nas taxas hormonais basais e a soma desses fatores gera na pele uma perda gradativa da densidade, elasticidade e firmeza, causando a temida flacidez.
Ninguém quer ter essa perda tão importante da função estrutural da pele, então tratar precocemente a pele seria uma forma de prevenir esse problema, criando um tipo de “poupança” de colágeno para o futuro. Não podemos esquecer que um terço de toda a proteína do nosso corpo é composta de colágeno. Mas o que deve ser feito para poupar e estocar colágeno?
São vários tratamentos associados que permitem criar o “banco de colágeno”. Inicialmente, deve ocorrer suplementação via oral. Essa suplementação deve ser realizada com um produto de tamanho molecular o menor possível para que seja absorvido e não consumido por degradação. Esse é um dos motivos de muitos colegas médicos não gostarem de suplementação, porque os colágenos antigos, com partículas enormes, eram em primeiro lugar “digeridos” para que o que sobrasse fosse absorvido.
Com a evolução, vieram colágenos hidrolisados, depois peptídeos de colágeno — que são pedacinhos pequenos — e agora nanopeptídeos, tudo para otimizar resultados. Além da suplementação, a associação de tecnologia com o uso de bioestimuladores forma o tripé do “banco” ou “poupança” de colágeno. Quando falamos em tecnologias, o “padrão ouro” são os vários modelos de ultrassom micro e macrofocados, pois ele faz pontos de coagulação nas camadas da epiderme, da derme subcutânea e da muscular. Ele promove um suporte dessa musculatura, neocolagênese e contração das fibras elásticas.
Também é possível fazer outros tratamentos para induzir a neocolagênese, como, por exemplo, lasers fracionados, lasers infravermelho, radiofrequência, microagulhamento, etc. Junto com o uso de tecnologias, deve ser realizado o uso de bioestimuladores, que são substâncias que promovem uma pequena reação inflamatória na pele, através dos fibroblastos — células que produzem colágeno — e, produzem novas fibras e sustentação. Entre as substâncias usadas para esse fim, estão o ácido L polilático, que realiza bioestímulo sem volumizar, a hidroxiapatita de cálcio, que pode ser só bioestimulador, mas, em concentrações diferentes, possui um pequeno efeito preenchedor, e a policaprolactona, que, além de bioestímulo, faz um efeito volumizador. Cabe ao médico escolher o melhor método, com número de sessões e associações de tecnologias para obtenção dos resultados.
O que não podemos é ficar esperando a gravidade agir.
O que levar na bolsa desse mês
Para os cabelos: Dercos Kera-Solutions Para cabelos danificados por químicas ou agressões térmicas. É um tratamento repositor de nutrientes e queratina.
Para a pele: Toleriane Ultra 8 Hidratante que associa a Água Termal La Roche-Posay com 8 ingredientes essenciais para uma pele hidratada e Neovadiol Phytosculpt O creme forma uma camada modeladora que esculpe instantaneamente o pescoço e o rosto.
Bolsa do mês: Mini Bag FendiPrints On PVC.
*Coluna originalmente publicada na edição 231 da revista TOPVIEW.