Artigo: até onde vai a busca obsessiva por padrões de beleza?
A busca obsessiva por padrões de beleza de hoje tão distorcidos e a pressão midiática faz com que cada vez mais pessoas busquem procedimentos estéticos. O objetivo único é de se parecer com alguém famoso ou sentir-se bem na frente da câmera de um celular. De acordo com o cirurgião plástico Newton Roldão existem casos possíveis de alcançar uma semelhança notável. Mas é impossível recriar a imagem de outra pessoa.
“A estrutura óssea, as proporções faciais e certas características compõem a aparência das pessoas. Quando recebemos um paciente deste tipo, nós, profissionais da área, treinados e informados, enxergamos condutas como estas exageradas. E devemos desestimular este pensamentos e ideais. Ressaltando que a busca pela beleza precisa ter bom senso e aceitação”, explica.
Um exemplo recente de pacientes que querem modificar a aparência com objetivo de sentir-se melhor perante as redes sociais foi publicado no Jama Network (Journal of the American Medical Association). Um estudo recente constatou que 55% das cirurgias plásticas no nariz feitas em todo o mundo durante o ano de 2017 tiveram como motivo sair melhor em selfies.
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“Nunca estar satisfeito com a própria imagem pode gerar o Transtorno Dismórfico Corporal (TDC). Doença mental que envolve um foco obsessivo em um defeito que a pessoa considera ter na aparência. Querer copiar traços de alguém é uma ilusão e a frustação de não chegar ao resultado desejado pode ter um impacto no estado emocional do paciente”, ressalta o médico.
Por isso que é tão importante escolher muito bem a clínica e o profissional que irá realizar a cirurgia plástica. Além disso, tirar todas as dúvidas antes de realizar qualquer procedimento, com perguntas como: como é a cirurgia? Quanto tempo leva? Quais são os riscos? Como é a recuperação?