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A vida não pode parar

Iniciativas de pessoas físicas e jurídicas ajudaram no combate ao coronavírus

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma (…)/a vida não para.” Foi com essa canção que comecei a minha “não rotina” matinal de quarentena. O doce sinal da minha playlist – que nos últimos dias também anda no aleatório – foi a inspiração para este texto.

Quando o mundo parou, muitos tiveram a oportunidade de buscar, na desaceleração, o abrigo para a tormenta.
Outros se uniram para, ainda que indiretamente, preservar quem está na linha de frente do combate à Covid-19.
Foi por isso que empresas – como O Boticário – doaram mais de 200 toneladas de álcool em gel e sabonetes a pessoas em vulnerabilidade social e redes de saúde do Paraná e da Bahia.

A marca de roupas Felini, da minha superamiga Tay Gomes, também fabricou máscaras em larga escala para
doar a várias instituições.

“[…] se reinventar e olhar para o próximo como parte de si, parece mesmo ser o caminho para a cura de muitas outras pandemias.”

No entanto, não foram só as grandes empresas que contribuíram. Bia Maestri, com quem tive a oportunidade de trabalhar em várias produções, reuniu um grupo de pessoas que sabiam costurar para produzir máscaras. Com o valor arrecadado pelas vendas, fez os itens para médicos e para alunos da APAE Curitiba.

Leandro Tomazoni, estudante de moda e meu amigo de longa data, também reuniu amigos do curso para desenhar e fazer uniformes médicos. A iniciativa contou com crowdfunding e rendeu a entrega de 150 uniformes para o Hospital do Trabalhador.

Se nada será como antes, como alguns afirmam, eu não tenho tanta certeza. Mas estar cercado de marcas e pessoas que não deixaram a vida parar me faz pensar que se reinventar e olhar para o próximo como parte de si parece mesmo ser o caminho para a cura de muitas outras pandemias que enfrentamos.

*Coluna originalmente publicada na edição #236 da revista TOPVIEW.

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