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A evolução dos injetáveis

Do conhecido ácido hialurônico ao produtos mais novos: conheça alguns dos destaques quando o assunto é o cuidado com a sua pele

Antigamente, os preenchedores eram substâncias que seriam para preenchimento de sulco nasogeniano – o famoso bigode chinês –, e foram usadas muitas substâncias, como metacrilato, um polímero termoplástico produzido mundialmente em 1927, inicialmente para lentes de catarata. Depois, vieram silicones derivados de metilexano que se descobriu ser uma substância que acaba “envolvendo entre as células” por falta de coesão, o que trouxe muitos problemas.

Tentou-se colágeno bovino com muitas reações até evoluírem para uma substância sintética, biocompatível e biodegradável: o ácido hialurônico. Inicialmente para sulcos e lábios, surgiu na década de 1990. Desde então, o ácido hialurônico vem sofrendo muita evolução. Criou-se uma gama importante entre eles, que mudaram o tipo de coesão entre as partículas, a viscosidade e a densidade. Isso influencia no poder de hidratação e de geração de volume. Com isso, temos uma gama infinita de marcas e por tipos, cada um com um propósito, tentando, assim, a busca do produto ideal para ser aplicado na região escolhida. Esse conhecimento é fundamental.

Outra evolução é a ligação entre as partículas, chamado de crosslinking. Isso permite a durabilidade e a estabilidade entre as substâncias. Mas quais são os tipos? Há os skinboosters (ácido hialurônico simples, com pouco ou nenhum para promover hidratação restaurando o viço e aspecto jovial sem volumização), os volumizadores (que servem para definição e lift facial, aplicado de forma profunda em pontos-chave, geralmente os MD codes, para promover sustentação das perdas ósseas e de gordura da face que ocorrem com o passar dos anos de vida), os lips ( que são preenchedores com  géis maiores, mas firmes o suficiente para proporcionar volume). Para olheiras e linhas finas, há pouca volumização e suavidade, com alta maleabilidade. Para regiões intermediárias e refinamento, esses são usados, geralmente, de forma menos profunda que os grandes volumizadores para refinamento de preenchimento profundo anterior.

Agora, no Brasil, há uma segunda gama de produtos – que vem, há algum tempo, sendo usada fora do país –, que são as associações entre os ácidos hialurônicos e os bioestimuladores (substância que promove a formação de colágeno por meio de seu uso). Eles prometem ser uma febre nos regiões de contorno ou onde ocorreram grandes perdas ósseas pois, ao mesmo tempo que criam volume, já promovem um estímulo de colágeno, otimizando os procedimentos. Que venha cada vez mais evolução e novos produtos para o Brasil.

*Coluna originalmente publicada na edição #244 da revista TOPVIEW.

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