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Vinhos florais: 7 uvas perfeitas para brindar na primavera

Passa o inverno, chega o verão e uma tacinha de vinho sempre aquece nossa emoção. Improvisos sobre Sandy & Júnior à parte, é verdade que os vinhos são ótimos companheiros de brinde em todas as quatro estações. E isso inclui, é claro, a primavera.

Na temporada das flores, nada mais apropriado que eleger uvas com notas florais e frutadas. Por isso, convocamos os sommeliers Augusto Alves, da Evino, e Andreia Berthault, da escola Red Submarine, para darem suas dicas precisas. À lista!

Viognier

“Uma uva de alta intensidade aromática, tradicionalmente cultivada no Vale do Rhône. Os vinhos costumam ser encorpados e com teor alcoólico mais elevado, trazendo aromas de damasco, flores brancas como a Madressilva. Para conhecer a saborosa Viognier o indicado é o Alto De La Ballena Viognier 2020. Elaborado na região de Maldonado, Uruguai, este rótulo combina muito bem com avocado toast e comidas asiáticas”, sugere Alves.

Chenin Blanc

“Essa é uma uva nativa do Vale do Loire que se adaptou muito bem às condições geoclimáticas da África do Sul. Os vinhos apresentam alto nível de acidez, tornando-os mais refrescantes. Os aromas são de frutas cítricas, como limão e abacaxi, além de toques de camomila e flores do campo. A sugestão é o Cape Creek Chenin Blanc 2019, um vinho fácil que harmoniza com peixes e saladas”, recomenda.

Syrah

“Essa é uma uva tinta muito cultivada no norte do Rhône, na Austrália, e também no Chile. Seus aromas trazem frutas negras, como amoras e mirtilos, um toque de pimenta preta e uma nota característica de violetas. Experimente essa uva na versão rosé com o Los Leones Rosé Syrah Central Valley D.O. 2021, que combina bem com frutos do mar e canapés”, pontua Alves.

Sangiovese

“Essa casta italiana é a rainha da Toscana, onde gera vinhos icônicos. A Sangiovese tem aromas típicos de cereja, rosas vermelhas e violetas. Uma uva de alta acidez que combina muito bem com massas e queijos. A sugestão é o Etrusca Sangiovese di Toscana IGT 2020, um tinto leve, frutado e que pode ser tomado um pouco mais fresco”, explica o sommelier.

Moscatel

“Quando o assunto são uvas aromáticas não se pode deixar a Moscatel de fora. Na verdade, Moscatel é uma família de uvas tintas e brancas, que geram vinhos com aromas de jasmim, pêssego e manga. O Solear Moscatel Branco é ideal para acompanhar camarões apimentados e salada de frutas”, diz Alves. Já Andreia complementa: “A depender do estilo de vinho [dentro da família], a paleta de aromas e sabores será diferente. Mas, em geral, os vinhos que são produzidos com a Moscatel apresentam aromas e sabores florais (flor de laranjeira e madressilva), cítricos (limão siciliano, laranja) e frutados (uvas, peras, maças verdes). No Rio Grande do Sul há uma Indicação de Procedência (IP) inteiramente dedicada a produção de vinhos finos de Moscatel – a IP Farroupilha, que responde por cerca de 50% do volume de produção da casta no país. Eles são frescos, saborosos, por vezes, levemente adocicados. Harmonizam muito bem quando servidos de 6° a 8°C junto a frutas da estação. Excelentes, por exemplo, para aproveitar um brunch no sábado!”.

Riesling

“Apesar de ser muito aclamada entre os conhecedores de vinho, a uva branca Riesling ainda é desconhecida do público em geral. Tal como a Moscatel, também é capaz de produzir vinhos brancos que variam do seco ao doce. Quando cultivada para tanto, pode originar vinhos com alto potencial de guarda. A espécie cultivada em climas frios – por exemplo, na região do Mosel, na Alemanha – origina vinhos com delicados aromas de jasmim, limão e frutas verdes. Sua alta acidez torna os seus vinhos muito vibrantes no paladar. Leitão à pururuca é uma das melhores harmonizações que você pode fazer com sua taça de Riesling seco, servida entre 7 e 10°C. Dica valiosa: se você estiver buscando Rieslings alemães secos, procure pela palavra “trocken” no rótulo. Ela significa “seco”, em alemão. Ainda assim, pode acontecer de o vinho ser ligeiramente adocicado. Se isso acontecer, adicione um pouco de molho de laranja no leitão, que a harmonização vai ficar espetacular!”, sugere Andreia.

Torrontés

“A Torrontés é a uva branca de destaque da Argentina. Lá, é cultivada em várias regiões, mas os vinhos da mais alta qualidade costumam vir de uvas cultivadas nas altas montanhas da província de Salta, na região de Cafayate. De modo geral, a Torrontés produz vinhos secos, com aromas de jasmim, rosas, melão e pêssego. Sua acidez costuma ser mais moderada do que a da Riesling, mas continua sendo elevada o suficiente para produzir vinhos refrescantes e deliciosos, especialmente para esta estação. Um Torrontés gelado (7-10°C) tem a capacidade de transformar um simples prato de queijos frescos (por exemplo: feta, queijo de cabra, mozzarella de búfala) em uma experiência incrível. Ótima opção para aproveitar um final de tarde primaveril em casal!”, finaliza a expert. 


(Via: Glamour)

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