Vinhos e calor: a bebida ganha cada vez mais espaço nas estações mais quentes do ano no Brasil
É incontestável que o Brasil é mundialmente conhecido como um país cervejeiro. Mas se o clima tropical com altas temperaturas durante a primavera e o verão exige a busca por bebidas refrescantes, o brasileiro tem ido além e elegido uma nova opção para amenizar, ao menos um pouco, a sensação térmica elevada nesta época do ano: o vinho. E embora carregue o status equivocado de opção que só combina com dias frios, a bebida pode sim ser uma excelente alternativa também para o calor.
Além de refrescantes, os vinhos possuem propriedades benéficas para a saúde humana e têm conquistado cada vez mais adeptos no Brasil. No início deste ano, uma pesquisa realizada pela Ideal Consulting apontou que em 2019 o país ultrapassou pela primeira vez a média dos 2 litros de vinho por habitante. Durante a quarentena, o hábito cresceu mais ainda entre brasileiros. Foram em média 2,81 litros consumidos por adulto somente entre os meses de abril e junho, registrando uma alta de 39% em comparação ao ano anterior.
Para aqueles que já apreciavam a bebida ou os que incluíram o costume de beber vinho a rotina recentemente, o sommelier José Vinícius Chupil, um dos grandes nomes do mercado paranaense, garante que é possível manter a companhia dos vinhos nas estações mais quentes do ano. Para isso, basta escolher as opções com as características ideais para o clima.
De acordo com o especialista, as condições de temperatura para armazenar e servir são cruciais para um consumo agradável. “Outra qualidade que faz desses vinhos opções ideais para os dias mais quentes, é o fato de que eles podem ser servidos numa temperatura mais baixa, o que os torna muito mais agradáveis. Os vinhos brancos, por exemplo, ficam bem interessantes ao ser degustados a uma temperatura média de 6 a 8 graus. Os rosés entre 8 e 10 graus e os tintos se prestam muito bem a uma temperatura entre 14 e 16 graus, ficando simplesmente magníficos mais frescos”, explica o sommelier.
No entanto, o profissional ressalta que vinhos jamais devem ser servidos com gelo. “Quando falamos em refrescar o vinhos, não é sobre colocar gelo na taça, isso prejudica e dilui os aromas, a textura e o sabor. A temperatura deve ser controlada deixando a garrafa numa climatização mais adequada” , detalha.
Entre os vinhos brancos, bastante tradicionais no Brasil, o especialista destaca o Abreu Garcia Sauvignon Blanc (Vinícola Campo Belo – Brasil – Preço médio: R$ 75,00). Nos rosés, uma opção é o Pouca Roupa Rosado (João Portugal Ramos – Portugal – Preço médio: R$ 69,00). Mas para quem não abre mão dos tintos, a dica é o Sfizio Pinot Noir (Vinicola Legado – Brasil – Preço médio: R$ 110,00).