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Tubarão podre e carne de cavalo: quatro iguarias típicas da Islândia que provei e gostei

Nem só de peixe vive a Terra do Gelo

A partir de setembro, um dos países mais belos do mundo voltou a receber turistas em busca principalmente de um dos fenômenos mais fantásticos da natureza, a aurora boreal.  O melhor período para visualização da aurora boreal na Islândia é entre setembro e abril e a previsão pós-pandemia é a retomada do turismo com força total, impactando positivamente na economia do país.

Eu sou fã da Islândia e há mais de dez anos faço expedições frequentes ao país, levando turistas em busca de aventura e da emoção que só as luzes do Norte proporcionam. Mas, o que muitos não imaginam é que a gastronomia islandesa também é repleta de cores e sensações inéditas, assim como a aurora boreal.

Na Islândia, por exemplo, um dos pratos mais tradicionais é o tubarão podre, que soa estranho para os brasileiros, mas lá é uma iguaria. Fiz uma lista com quatro pratos que você precisa provar se for até lá, olha só:

Experimente o tubarão podre

Assim como a feijoada está para o Brasil, o Hákarl ou kæstur hákarl (significando tubarão e tubarão podre, em Islandês) é uma iguaria tradicional da culinária do país.  Ele faz parte do Þorramatur, o repasto que é o prato nacional da Islândia. O tubarão utilizado neste prato é venenoso, por isso ele passa por um processo de putrefação com amoníaco para deixá-lo comestível. O cheiro de amoníaco é uma das características da refeição, que é servida no palito.

Cabeça de ovelha para comemorar o inverno

O Svið é um prato tradicional que consiste em uma cabeça de ovelha cortada ao meio, sem pelos e sem o cérebro.  A iguaria é servida principalmente em festivais que comemoram o solstício de inverno e, para muitos, os olhos são a parte mais saborosa. A carne tem um sabor suave, é especial.

Cabeça de carneiro servida na Islândia. (Foto: Marco Brotto)

O mascote não-oficial

O puffin é um simpático passarinho preto e branco que pode ser comido de diversas maneiras, cozido ou até mesmo cru. Já vi puffin de todas as maneiras, mas apesar de ser um prato típico, não é muito comum comê-lo no dia a dia por ser o mascote não oficial do país.

Puffin: o mascote não oficial da Islândia. (Foto: divulgação)

A controversa carne de cavalo

Até o século 11 era proibido consumir carne de cavalo na Islândia, porém, com a escassez de alimentos do século 18, o governo liberou o ingrediente. Apesar de soar estranho, e ser até mesmo um tabu em alguns países, a carne de cavalo já é um prato tradicional da ilha. Quem já provou diz que é muito saborosa e tenra.

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