Brasil para brasileiros
Uma pandemia global, mais de um ano de restrições, muitas fronteiras fechadas e todos os olhos finalmente voltados ao que temos de mais rico: beleza natural e intocada. É ela que atrai, há décadas, gringos ansiosos por experiências que vão muito além dos dias de dolce far niente nos 7.367 quilômetros de litoral brasileiro. Sim, o famoso mar tupiniquim segue no topo do ranking de preferência geral, mas florestas, cachoeiras, piscinas naturais e formações rochosas sempre foram valorizadas mais pelos de fora — o que não passava de uma injustiça para um país tropical tão diversificado, extenso, colorido e abençoado por Deus. Sorte a nossa.
Veja o exemplo da Amazônia. São 5.500.000 km² da maior floresta tropical do mundo atravessada por milhares de rios (Negro e Solimões são os mais famosos) — , 30 mil espécies de plantas e 2.500 de árvores incluindo a majestosa Samaúma, inspiração de James Cameron para o blockbuster Avatar, de James Cameron. Há muito mais flora do que fauna, mas é possível, ainda, observar animais aquáticos, como botos e jacarés, além de pássaros como garças, tucanos e pica-paus (sim, o do desenho). Quanta riqueza!
Ideal mesmo é ir do aeroporto de Manaus direto para um hotel de selva, como o Juma Amazon Lodge e se jogar na programação muito bem pensada pelos locais que trabalham na propriedade. A parte mais legal dessa experiência é o contato direto com animais livres e selvagens – somos nós que invadimos o lar deles, e não o contrário — como a Anitta, macaco prego que vive de forma livre, mas escolhe visitar o mesmo lugar diariamente. Os banhos de floresta também são poderosos. E visitar uma comunidade ribeirinha ou tribo indígena é um tipo de experiência para a vida.
Na volta, procure pernoitar ao menos uma noite no Juma Opera, localizado frente ao Teatro Amazonas, que destaca-se pela arquitetura original – só na cúpula são 36 mil peças importadas da Alsácia (França) nas cores da bandeira brasileira. A melhor época para ir para a imersão é setembro (sim, agora!), tempo de seca e praias de rio.
*Coluna originalmente publicada na edição #252 da revista TOPVIEW