ESTILO VIAGEM

Azimut Grande 30 Metri: um passeio dos sonhos

A TOPVIEW foi convidada a conhecer o maior yatch em série produzido no Brasil e também a visitar a fábrica onde ele é construído

De longe, do píer da Marina de Itajaí (SC), já dava para ver qual era o motivo que nos fazia estar ali. Foi no final de maio de 2018 que a TOPVIEW recebeu um convite daqueles irrecusáveis: descer de Curitiba até o litoral catarinense para conhecer o Azimut Grande 30 Metri, o maior em série já produzido no Brasil. e ainda ver de perto a fábrica da marca – a única fora da Itália. Encarei a missão ao lado de Juliano Wisnievski, executivo comercial da TOPVIEW.

Difícil não ficar embasbacada com a visão do yatch. Com mais de cento e dez toneladas e quase 30 metros de comprimento, a embarcação é quase um pequeno prédio. Para conhecer seu interior, tiramos os sapatos e tivemos todo o cuidado do mundo para nos movimentarmos – afinal, o 30 metri estava praticamente pronto para ser entregue ao dono. Só não havia sido ainda porque, a pedido dele, parte dos móveis da área externa estavam sendo trocados – e foi essa brecha que nos permitiu entrar nele.

Os 350 m² de área estão divididos em três pavimentos, com  5 suítes, cozinha, sala de jantar e estar além de uma jacuzzi em sua área externa (flybridge). O CEO da Azimut no Brasil, o italiano Davide Breviglieri, foi nosso anfitrião e falou sobre a tendência de barcos grandes em águas brasileiras: “O Brasil sempre teve gosta por barcos grandes, houve uma demanda reprimida nos últimos anos por causa de câmbio”, explica. O Azimut 30 metri é produzido na fábrica da Itajaí, sob demanda. São 15 mil peças milimetricamente encaixados, muitos deles importados. O projeto deste yatch surgiu a partir de um cliente, durante uma edição do Festival de Cannes. A segunda unidade já está sendo produzida.

Design de luxo
No tour pelo yatch. Breviglieri explica que o barco é uma somatória de muitas coisas: “Tem a questão de tecnologia, do design. E tudo começa com o design de navegação, flutuação, hidrodinâmica, que é a primeira coisa”, explica. “A engenharia naval praticamente não aparece, e a ela se acopla o design externo. Nesse momento, entre o design de interiores, que enfatiza, realça”, complementa. No caso do Azimut 30, o design exterior é de Stefano Righini e, o de interior, de Achille Salvagni. Dentro, o proprietário pode escolher a decoração, mas a Azimut oferece propostas de apoio.

Enquanto estávamos conhecendo o interior do barco – que pode ser manejado por uma tripulação de quatro pessoas, sendo uma dela um chef ou sommelier – ele começou a se movimentar pelas águas da marina de Itajaí. O passeio foi rápido, porque o tempo não estava bom e o mar, um pouco turbulento. Saímos de lá e fomos conhecer a fábrica da Azimut, ainda em Itajaí.

O começo de tudo
O estaleiro de Itajaí fica em uma área de 20 mil m², na qual trabalham 350 funcionários. Difícil imaginar e até descrever o que é uma fábrica de yatchs. A unidade brasileira tem como meta produzir até 40 unidades por ano, para o mercado americano principalmente, e funciona há sete anos em solo catarinense, ajudando a fomentar a economia e formando uma mão de obra local especializada. 

De forma simplificada, um barco é composto por casco, convés e casaria. Uma das imagens que mais me deixou impressionado foi o molde do casco – gigantesco. Depois de desmoldado, segue para  o polimento. O motor é montado ainda com o barco aberto e, depois, entram as equipes de mecânica, elétrica, montagem. O estaleiro da Azimut de Itajaí conta com um setor próprio de marcenaria e estofamento, para produção dos móveis dos yatchs. O processo é extremamente artesanal.  A parte final de testes de qualidade acontece na água. 

*A jornalista viajou à convite da Azimut. 

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