Uma nova arquitetura
A história do Studio RHF está intrinsecamente ligada à de Renan de Freitas. Após garantir inspirações em Milão e baseado na visão italiana da arquitetura e do design, o designer deu ao estúdio um estilo pautado na escola minimalista, mesclado com um ar contemporâneo e brasileiro.
À TOPVIEW, Renan falou sobre suas inspirações e o futuro do escritório.
Como o Studio RHF se destaca no cenário da arquitetura de Curitiba?
A intenção do nosso escritório é não apenas entregar um projeto aos nossos clientes como, também, um conceito. Então, acredito que esse destaque vem de uma maneira disruptiva, tentando se isolar da proposta de projetos uniformizados. Acredito que podemos usar de exemplo a época em que grandes pintores eram contratados para fazer retratos de outras pessoas. Você podia contratar um artista cubista, um surrealista ou um expressionista e cada um te pintaria de uma maneira, mas o resultado seria sempre você. É isso que nós tentamos fazer no escritório: entregar a nossa visão do cliente, mas sempre de maneira única e surpreendente.
Você já falou um pouquinho sobre o estilo do Studio RHF, mas quais são as maiores inspirações que você tem?
Admito que tentei não ser óbvio nessa resposta, mas eu estaria mentindo se não dissesse que, dos brasileiros. seriam Isay Weinfeld e Arthur Casas. O Isay pelo talento de ser um arquiteto “fora da curva” e que, na minha opinião, não comete excessos — uma tarefa superdifícil. O Arthur pela extrema sensibilidade e elegância que traz em seus projetos. Ele faz uma arquitetura que fala baixo — e isso me encanta. Dos estrangeiros, admiro muito o italiano Piero Lissoni, pela infinita capacidade criativa que tem, e o japonês Shigeru Ban, que nunca hesita em me deixar boquiaberto com a maneira como utiliza a madeira em suas obras.
Como a arte, a música e a moda podem influenciar diretamente a arquitetura?
Eu estudei em uma faculdade, o Instituto Marangoni, que é fortemente influenciada pelo mundo da moda. Nisso, percebi que as tendências da moda e da arquitetura andam lado a lado, tanto na utilização de materiais quanto na utilização de cores, formas, etc. É incrível como uma acompanha a outra. De fato, existe uma conversa constante entre esses dois mundos. No que diz respeito à arte, vejo a arquitetura como uma forma de expressão artística em grande escala, mas uma relação mais específica entre elas, para mim, é o poder de impactar as pessoas e criar sensações. Acredito que a arquitetura tem que ter poesia, tem que haver emoção, e uma história deve ser contada, assim como na arte. Quanto à música, eu diria que também entra no âmbito das sensações. Eu particularmente não consigo criar sem ouvir música.
Como você quer que o Studio seja conhecido em Curitiba?
Eu sou profundamente apaixonado pela minha profissão. É algo que me traz imenso prazer. Então, eu ficaria muito feliz se essa paixão transparecesse por meio dos meus projetos, satisfazendo as expectativas dos meus clientes. Eu espero nunca me tornar um arquiteto que visa somente ao lucro ou à visibilidade. Meu intuito é criar espaços que contem uma história, que deixem meus clientes orgulhosos e que tenham o poder de transformar suas vidas — isso para mim é tudo.
STUDIO RHF
@studio.rhf
*Conteúdo originalmente publicado na edição #261 da revista TOPVIEW.
TVBC: TOPVIEW Branded Content é um conteúdo em formato editorial criado especialmente para o cliente.